Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Seminário Regional Afro Brasileiro

A cidade de Ituiutaba sediou nos dias 8 a 10 de novembro o I Seminário Regional Afro-Brasileiro, Pólo do Triângulo, com o tema, 'Reescrever a história Valorização da Cultura Afro-Brasileira nas Escolas de Minas', cujo objetivo foi "repensar a prática e a consciência de que a cidadania se constrói com a tradição de um povo e, mais do que se possa imaginar, o povo negro tem uma tradição de cultura e trabalho prestado a sociedade, que nada e ninguém pode negar".

O Seminário Regional, realizado pela SER de Ituiutaba, contou com a presença e apoio da prefeitura daquela cidade, Secretária do Estado de Educação e mais 11 parcerias. Mais de 300 representantes de 83 cidades estiveram presentes. De Sacramento estiveram participando, a professora Luzia Maria do Nascimento, supervisora pedagógica da EE Sinhana Borges, representando as escolas estaduais de Sacramento; e Celma da Silva e Souza, diretora da Escola Municipal de Quenta Sol, representando as escolas municipais, que também representaram a cidade no desfile de trajes típicos.

O seminário contou com uma vasta programação, com palestras abordando temas ligados à história e à realidade negra, oficinas de trabalhos com temas folclóricos, artísticos e literários, além de várias apresentações culturais da comunidade negra, como congadas, ternos, capoeiras, teatro e muita música.

Grupo de Trabalho Regional

No final do Seminário foi criado o Grupo de Trabalho Regional para Valorização da Cultura Africana e Afro-Brasileira na Educação Pública GT-PRÓ-AFRO Regional, composto por professores representantes dos municípios da 39ª SER.

Os membros do GT-Pró-Afro já têm os principais norteadores quanto ao trato da questão racial no cotidiano escolar: 1- A questão racial como conteúdo multidisciplinar durante o ano letivo; 2- Reconhecimento e valorização das contribuições reais do povo negro à nação brasileira; 3- A conexão entre as situações de diversidade com a vida cotidiana nas salas de aula; 4- Combate às posturas etnocênticas para desconstrução de estereótipos e preconceitos atribuídos ao grupo negro; 5- A história do povo negro, a cultura, a situação de sua marginalização e seus reflexos incorporados como conteúdo do currículo escolar; 6- Extinção do uso de material pedagógico contendo imagens estereotipadas do negro como repúdio a atividades preconceituosas e discriminatórias; 7- Uma maior atenção a expressão verbal escolar cotidiana e 8- A construção coletiva de alternativas pedagógicas com suporte de recursos didáticos adequados.