Preso assassino do padre Zeca

O cortador de cana, Marcos Antonio de Jesus Martins, vulgo Marquinho, 24, está preso na cadeia pública de Uberaba, desde o dia 15, acusado de ser o autor dos três assassinatos que chocaram a população da cidade de Delta (MG), devido à crueldade dos crimes. Os dois primeiros assassinatos ocorreram no dia 29 de abril, Wanderson Luiz dos Santos e Jozimar Nunes Duarte (o Tiririca), morreram esfaqueados e, dia 8 último, o padre José Carlos Cearense (padre Zeca), retalhado por faca, apresentando profundos cortes pelo corpo, degolado e um grande corte no tórax, por onde foi colocado um vidro de perfume.

Marquinhos vive em Delta há cerca de três anos e conforme investigações da polícia aparentava ser pessoa de bem, sem nenhuma passagem pela polícia. "Foi exatamente isso que estava dificultando nosso trabalho, mas estávamos muito perto de desvendar o crime, tanto que Marquinho havia sido interrogado três vezes por nós. Em todas, ele negava qualquer participação", disse o detetive Gonzaga, em entrevista ao Jornal de Uberaba.

O Delegado de Homicídios Heli Andrade, que comandou as investigações, contou com o apoio de policiais militares de Araxá e Delta pediu a prisão temporária de Jadivaldo Moraes Lopes, no sábado, 13, por suspeita de estar envolvido no crime, por ter estado bebendo com Wanderson na noite de sua morte e por ter furtado um aparelho DVD karaokê. A partir de Jadivaldo, os detetives chegaram ao cortador de cana, Marcos Antônio, Marquinho.

Com o cerco policial e as investigações mais intensas, na do dia 15, Marquinho foi até a delegacia de Delta e contou ao escrivão Nilton que possuía informações a respeito na cidade e que contaria desde que soltassem Jadivaldo. Depois de ouvido em Uberaba, Marquinho retornou com os policias para Delta e os levou até um canavial, onde estava o DVD furtado na casa do padre na noite do crime, o revólver de Wanderson e uma das facas utilizadas nos crimes. À tarde, a polícia de Delta encontrou a outra faca que foi usada para matar padre Zeca.

Em suas declarações Marquinho disse que é adepto de rituais de macumba desde criança e tinha feito um pacto com o diabo para que sua vida mudasse por completo. Marquinho confessou ainda, que no trato com o demo, teria que matar sete pessoas para completar o ciclo combinado, que faltavam quatro pessoas, mas não estava agüentando mais.
Marcos Antonio teve sua prisão temporária decretada na tarde doa dia 15 a pedido do delegado Heli Andrade, que tem agora 30 dias para concluir as investigações.