Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Pe. Eugênio lançará livro em Sacramento


O missionário redentorista, Pe. Eugênio Bizinotto, lançará em Sacramento, dia 19 de maio, após concelebração eucarística dedicada a Nossa Senhora, na Igreja Matriz, o seu novo livro, "Para conhecer e amar Nossa Senhora", já na sua segunda edição. Em recente visita a Sacramento, o missionário redentorista sacramentano, Pe. Eugênio, acertou tudo com o pároco, Pe. Levi Fidelis Marques.
"Aqui vivi durante vários anos, a minha meninice, adolescência e parte da minha juventude e agora venho lançar nessa cidade o meu livro Para conhecer e amar Nossa Senhora, que foi lançado em Aparecida no ano passado e com muita aceitação, tanto é que vamos para a segunda edição", disse em entrevista a este jornal, confirmando o lançamento. "Essa data já foi acertada com padre Levi, como uma forma de preparar os fiéis para a festa da padroeira", disse.
O público alvo do livro são os cristãos atuais que querem conhecer a Mariologia, o estudo sobre Nossa Senhora. "Com toda certeza, a obra servirá a toda comunidade católica de Sacramento, que vai ter uma surpresa, porque ao ler o livro, vão perceber que se trata de um trabalho de Mariologia sério, escrito numa linguagem acessível a todas as comunidades católicas", explicou Pe Eugênio.

O que o livro trará para o leitor

Padre Eugênio fala de aspectos do livro que envolve o leitor, além da linguagem acessível. "'Para conhecer e amar Nossa Senhora' é um livro dividido em três partes. Na primeira traz uma introdução do que é Mariologia; na segunda, é um estudo sobre os dogmas da Igreja Católica a respeito de Nossa Senhora, verdades de fé que a igreja historicamente afirmou e, na terceira parte, a obra entra na devoção mariana, onde falo sobre dois itens principais: primeiro, um comentário sobre a Ladainha Lauretana, produzida na Itália e, no segundo item, faço um comentário sobre as orações marianas e a prática da devoção", explicou.

Cresce a religiosidade no Mundo

Segundo Pe. Eugênio, houve, apesar de tudo, um aumento na espiritualidade no mundo. "Eu falo sobre isso logo no começo do livro, trata-se do fenômeno religioso cultural que vivemos hoje, que é o despertar religioso mundial. Wittenberg, um sociólogo, escreveu o livro, "A volta dos anjos", no final dos anos 70, onde faz uma previsão científica de que o mundo iria entrar num despertar religioso e, de fato, no final do milênio tivemos um aumento da religiosidade, não só nos países católicos, mas em todos os países. A Europa foi muito influenciada por Friedrich Nietzsche, com o seu livro, 'Deus está morto', em que faz uma crítica muito virulenta à religião. As pessoas então o abandonaram e se voltaram para obras religiosas. Assim, houve uma volta muito grande na Europa e acredito que isso deve à migração asiática e à crise na sociedade européia", analisou.

Para o missionário, a América Latina sentiu a grande influência da Igreja Católica, pós Puebla, sobretudo com a opção pelos pobres. "Nas grandes cidades, houve um fenômeno interessante, com a religião ocupando um espaço diferente, os shoppings centers, onde encontramos livrarias religiosas, independente de ser católica ou não. Chamamos esse fenômeno de pós-modernidade", mostrou mais, lembrando que nos últimos 500 anos, com a criação da modernidade, o mundo exaltou muito a razão científica, depois técnica. "Agora, na pós-modernidade, estamos vivendo a exaltação do sentimento, da religião, do estético, da ecologia. E Nossa Senhora entra nesse fenômeno, porque a nossa sociedade, embora seja patriarcal, a figura feminina está no inconsciente coletivo, por isso encontrou uma receptividade muito grande. E foi Nossa Senhora, que praticamente introduziu o Evangelho, na América Latina, o fenômeno introdutório foi Guadalupe", explicou.

Quando Pe. Eugênio fala do aumento da religiosidade engloba todas as religiões, inclusive as evangélicas. "Uma ala de evangélicos, os chamados Protestantes Históricos, ou seja, luteranos, têm um culto muito bonito a Nossa Senhora, herdado de Lutero, que tem uma belíssima obra, o "Magnificat", em que comenta o canto de Nossa Senhora. Os luteranos conservaram Nossa Senhora, só que mais na linha moral, de imitação. E outras expressões cristãs, não católicas, no Oriente, por exemplo, com os ortodoxos, o carro chefe é a devoção mariana", lembrou mais.