Mães reivindicam ônibus para estudantes da escolinha "Tio Toffe"

Mães de estudantes com necessidades especiais, estudantes da Escolinha ´Tio Toffe´ (Apae) reivindicam a volta do ônibus da entidade para o transporte dos alunos. Cerca de 11 alunos deixaram de ter esse privilégio, porque, segundo a direção da Apae, eles têm condições de viajar no coletivo municipal. Argumentam as mães que alguns desses alunos são crianças e que o ônibus, sobretudo na parte da manhã, viaja sempre superlotado. "Os alunos da Apae têm que ficar de pé, espremidos no meio dos outros, porque o ônibus anda muito cheio", reclamam, fazendo um apelo para que volte o ônibus exclusivo da Escolinha.

Segundo a diretora da entidade, Raquel Aparecida Costa, a decisão tomada pela Apae levou em conta outras prioridades. "Os alunos que foram para o coletivo podem ter uma vida normal e devem entrosar com outros alunos, afinal fala-se tanto em inclusão. Por outro lado, os alunos da Escolinha ´Tio Toffe têm direito ao transporte coletivo como quaisquer outros estudantes. Todos têm o mesmo direito ao transporte gratuito, sem que necessariamente alguém tenha que se levantar para dar o lugar para eles", explicou.

Falando sobre os motivos do corte do ônibus para esses alunos, Raquel apontou dois motivos:
- "o primeiro, a secretaria de Saúde cortou a ambulância que transportava os cadeirantes e aqueles que têm mais dificuldades para andar. Há cerca de cinco anos eram transportados pela ambulância, mas agora a Prefeitura retirou esse transporte; Por causa disso, deixamos o ônibus da entidade para o transporte desses alunos cadeirantes. A decisão foi tomada em conjunto, após discutir com os educadores. Os alunos selecionados para o coletivo são aqueles portadores de deficiências leves, as mães foram comunicadas e eles passaram a vir de coletivo".
A diretoria informou ainda que o ônibus é da Apae, o motorista é fornecido pela prefeitura e o combustível fica por conta da entidade.