Ladrões dão prejuízo de cerca de R$ 50 mil a César Pirajá

O cafeicultor, César Adalberto Pirajá Figueiredo, Coró, proprietário da fazenda Nossa Senhora Aparecida, localizada na rodovia Araxá/Franca, Km 75, foi vítima, pela quarta vez, de roubo praticado por quatro homens armados que chegaram à fazenda, dia 18 último, por volta das 19h30 e renderam cinco pessoas, o administrador Antonio Carlos Borges, sua mulher e o filho menor, o vaqueiro e seu filho já adulto.

Conforme informações de Pirajá, após renderem os moradores, amarrando os homens e trancando todos num quarto, os bandidos reforçaram a janela com tábuas, passaram uma corrente na porta, recolheram o telefone celular e um revólver calibre 38, pediram informações sobre o café, pegaram a chave da máquina e saíram. Por volta das 23h00, chegou uma carreta, que foi carregada com cerca de 200 sacas de café, cerca de R$ 6 mil em defensivos agrícola, um trator 265 4x4 traçado, ano 2005, ferramentas, duas furadeiras, aparelho de solda, motoserra duas rodagem de trator para passar veneno, com pneu e tudo. O prejuízo de César Pirajá foi estimado em cerca de R$ 50 mil, fora o trator. "O meu pessoal sabe que foi uma carreta, porque os ladrões falaram: 'mandaram uma carreta, mas aqui não tem nada, vamos fazer um limpa, levar o que der para levar'. Mas eles queriam, na verdade, era café e defensivos agrícolas".

Pessoal Informado

Segundo César Pirajá, os ladrões tinham informações sobre a fazenda. "Ainda estava claro, um deles ficou afastado e os outros três chegaram à fazenda chamando o Toinzinho, (o administrador Antonio), alegando que tinha acabado o óleo da caminhonete. O Toinzinho aproximou-se e perguntou quem era um quarto homem que estava afastado do grupo. Foi quando eles anunciaram o assalto, dizendo que só queriam o café e o veneno. Após renderem o Antonio, perguntaram onde morava o vaqueiro e seu filho, que foram também rendidos, chegando a atirar no portal da casa.

A partir daí foi uma longa e agoniante espera. Os bandidos amarraram todos os homens com fita elástica, deixando livres, porém trancados, a mulher e o filho de sete anos. A carreta só chegou ao local às 23h00, quando começaram a carregar o produto do roubo. "Tenho por mim que esses ladrões têm informante aqui em Sacramento, pois sabiam o nome do administrador, do vaqueiro, sabiam que tinha um rapaz, filho do vaqueiro. Eram quatro homens, mas o pessoal não sabe quantos mais estavam na carreta", contou o proprietário, César Pirajá.

"A carreta carregada só deixou a fazenda por volta das 4h00 da manhã, quando a mulher do Toinzinho o desamarrou. Ele arrombou a janela, pegou um trator e foi à fazenda vizinha, pedir socorro. Ele me ligou às 5h28 da manhã, foi quando acionei a policia, para que fizessem o cerco via telefone na região. Afinal, fugiram da fazenda com uma carreta. Não podiam estar longe", contou mais Coró, desiludido, pois até aquele dia não tinha pistas..

4º Assalto na Fazenda de Pirajá

Segundo César Pirajá, existem quadrilhas de roubo de café e defensivos agrícolas na região. E essa não é a primeira vez, que ele é vítima de roubo: o primeiro aconteceu em dezembro de 98, os bandidos levaram cerca de 30 mil dólares em defensivos agrícolas. Em 2002, levaram um pouco de café, 30 sacas. O terceiro foi no ano passado, quando roubaram dois motores de lavadores que eu havia comprado e ferramentas. No roubo das 30 sacas de foram encontrados os ladrões, em Uberaba.

Até o fechamento dessa edição, Pirajá ainda não tinha nenhuma notícia do furto. "Foi o prazo de uma hora e meia, após a saída dos ladrões da fazenda, uma carreta com café, um trator e defensivos não pode passar despercebida, mas ainda não há notícia, ainda. Por enquanto estou com o prejuízo", lamentou.