Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Júnior, valeu a pena


Vanderlúcio José Borges Júnior, para nós da família, Júnior ou Juninho esteve entre nós e nos proporcionou grandes momentos de alegria. Filho de Vanderlúcio José Borges e Jeronima D´Arc Araújo, morou até pouco tempo no Desemboque, em meio aos vários irmãos, parentes e conhecidos do lugar.

Cursou o segundo grau na Jaguarinha, onde conquistou grandes e inesquecíveis amizades. Foi também lá que conheceu Lucilene, sua namorada. Um namoro lindo, baseado no respeito e lealdade e sempre muito apaixonados...

Meus pais tinham um carinho especial por esse filho, pois aos 12 anos descobriu-se ter uma arritimia cardíaca. Por esse motivo, foi o filho que morou na fazenda tanto tempo. Tomava remédios e a doença estava controlada, mas minha mãe não deixava que fizesse qualquer e sempre zelava para que ele ficasse bom.
Um dia veio para Sacramento em busca de um sonho: trabalhar para ingressar na faculdade de Informática e mais tarde casar e constituir sua família. Estava feliz por trabalhar no Supermercado Pirâmide, pois o conseguiu rapidinho, coisa rara nos dias atuais...
Bom filho, bom irmão e bom garoto, gostava de ajudar todo mundo e logo ficou amigo de seus companheiros de trabalho. Pensando em ganhar mais, procurou fazer ´bicos´ nos finais de semana...

E a sua vaidade! Era vaidoso, posso afirmar isso com segurança, olhando para suas belas camisas neste momento.

Mostrava-se sempre responsável e vivia dando bronca no irmão Samuel, também entregador domo ele. Para Vanderlúcio Samuel estava correndo demais. Procurava dar bons exemplos tanto nas atitudes quanto nos conselhos.

Era um ser humano explosivo, muitas vezes falava sem pensar, mas tinha muita facilidade para pedir perdão e esquecer possíveis desavenças que surgissem entre os irmãos, amigos e colegas. Sempre muito ciumento. A irmã caçula e a namorada que o digam.....
Respeitava e ouvia o que o nosso pai tinha a dizer, afinal foi o filho que mais tempo ficou na fazenda. Por isso, a vontade de vir pra cidade era tanta, ser independente... Tinha um amor imenso pela família, estava sempre na casa de todos. Adorava doces e um boa comida...
Se fosse relatar tudo sobre a pessoa do Júnior, provavelmente não terminaria aqui.... Porém, acredito que para quem teve a oportunidade de conhece-lo, ele é eterno, porque eternidade não é o tempo sem fim. É o tempo completo. Esse tempo do qual a gente diz: valeu a pena tê-lo conosco!!! Deus te abençoe, Júnior e nós aqui ficamos com a saudade....

De sua irmã Letícia Cristina Borges