Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Jovens celebram alegria do primeiro emprego

“Fiquei muito feliz por estar trabalhando, a gente tem medo de errar no início, mas estou muito feliz e vou fazer de tudo para ir em frente. O instituto foi muito bom para mim, aprendi muito, inclusive a conviver com as pessoas, e aprendi a enfrentar a vida. Os dois anos que fiquei lá foi a época mais marcante da minha vida”. O depoimento acima, da jovem, Marilsa Flaviana da Silva, reflete o pensamento dos alunos que saem do Instituto Scala.

O Instituto, fundado em 2003, com a finalidade de assistir menores carentes da cidade, inicia o ano com 18 alunos na faixa etária de 7 a 16 anos. E já veio colhendo, a partir do primeiro ano de sua criação, os frutos da educação e formação que presta aos seus educandos. Um das vitórias está relacionada à entrada ao mercado de trabalho de três jovens da instituição. "Foi uma emoção muito grande ver empregados a Janaína, o Atílio e a Marilsa. Eu chorei de emoção ao vê-los trabalhando. Não há recompensa maior que isso, pra ninguém", confessa a diretora voluntária, Denise Rezende Bernardes.

A casa tem capacidade para atender um número maior de menores, mas a meta é atender no máximo a 20 alunos, visando mais qualidade. "Nosso objetivo é fazer aqui uma família. Acima de 20 pessoas fica difícil fazer uma convivência familiar, por isso limitamos o número já previsto no Estatuto", justifica Denise.

Ao completar 16 anos, o adolescente deixa o Instituto, porem os jovens são encaminhados para o mercado de trabalho, para o primeiro emprego. E foi o que ocorreu com Janaína Aparecida Pimentel e Atílio César dos Santos, empregados na Caixa Econômica Federal e Marilsa Flaviana da Silva, na Drogaria Medicinal. "Buscamos contato com as empresas e comércio local, para receber os jovens, que saem daqui preparados. Aqui eles recebem uma estrutura de carinho, amor, atenção, acompanhamento psicológico e a parte pedagógica, a convivência com as pessoas e na sociedade", explicou.

Para ser assistido pelo Instituto, é feita uma triagem para a constatação da real necessidade do menor. "Atendemos crianças, a maioria através de indicação de algum órgão, como a promotoria, por exemplo. Aqueles cujas famílias estão realmente precisando de ajuda. Fazemos uma triagem, visitas em casa, na escola onde estudam. Depois, elas e os pais são entrevistados pela psicóloga e quando há vagado, a diretoria se reúne e faz a escolha, visando sempre aquela mais necessitada", explica.

Segundo Denise, o Instituto é mantido com recursos repassados mensalmente pelo Laticínios Scala e por voluntários no próprio local, doação de material ou através de bolsas, em todas as necessidades: médico-odontológicas, informática, reforço escolar, etc. "O Instituto existe porque temos voluntários", diz Denise. Apenas dois funcionários do Instituto são remunerados, Marcelene Spirandelli e a psicóloga Ana Carolina Silva Loyola.

Os menores, todos estudantes, têm outras atividades na casa, como artesanato, pintura, bordado para meninas; e marcenaria para os meninos, que permanecem no Instituto em horário alternado ao de freqüência na escola, com a café da manhã e almoço para os que estudam à tarde e almoço e lanche para os que freqüentam a casa à tarde.

A atual diretora/presidente do Instituto é a empresária farmacêutica, Eliana Aparecida Ribeiro Pereira. Em breve, o Instituto Scala, que funciona na Avenida Antonio Carlos, estará em novo endereço, na rua Coronel Teodoro Rodrigues da Cunha, 74