Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Horário de verão termina neste domingo

A 32ª edição do horário de verão brasileiro termina à zero hora do próximo domingo (19) depois de 126 dias de vigência. Nesse período, estima-se que o consumo de energia em Minas Gerais tenha sido reduzido em cerca de 0,6%, o que representa cerca de 96 mil MWh durante todo o período. Essa economia é suficiente para abastecer as cidades de Sete Lagoas e Uberaba juntas durante um mês.

Com o fim do horário de verão, os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal deverão atrasar seus relógios em 60 minutos.

Os resultados obtidos com a medida só serão conhecidos trinta dias após o término, quando é feita a comparação, pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), do período com e sem o horário de verão. Porém, a avaliação dos técnicos da Cemig é de que o horário cumpriu as metas estabelecidas, ou seja, a redução de até 3,7% do pico de carga ou demanda máxima do Estado no anoitecer, o que representa cerca de 264 MWh/h.

Essa demanda equivale à capacidade de duas usinas do porte da Usina Térmica de Igarapé (131 MW). A redução da demanda proporciona uma melhoria da situação de carregamento de todos os componentes do sistema (geração, transmissão e distribuição) e torna possível a realização de manutenções preventivas, além de melhorar a segurança da operação, principalmente nesta época do ano, sujeita a chuvas e trovoadas.

A expectativa de economia no sistema interligado brasileiro, de acordo com avaliações do ONS também é de 0,6% no consumo de energia. Esses números representam 180 MW médios, equivalentes a 45% do consumo de energia de Belo Horizonte.

Na demanda máxima, ou seja, pico diário de carga, que ocorre no período das 18h às 22h, a redução deverá superar o valor de 2.340 MW. Para ter uma idéia da magnitude da redução, o consumo no horário de ponta de Santa Catarina é semelhante.

A economia de energia durante o horário de verão deve-se principalmente à maior duração do dia durante o verão que permite uma maior utilização da iluminação natural. Esta economia de energia tem caráter acumulativo, o que significa que, a cada ano, tem-se mais energia armazenada em nossos reservatórios como conseqüência da adoção da medida.
Além disso, a mudança de hábitos provoca um deslocamento da utilização das cargas residenciais, tais como o chuveiro elétrico e a iluminação artificial, obtendo-se assim uma expressiva redução dos valores de demandas máximas diárias.
A área de abrangência do horário de verão é a de maior consumo de energia elétrica do país. Isso faz com que a economia se torne mais representativa, além de facilitar a operação do sistema, pois é também nessa área que estão as principais usinas e linhas de transmissão do sistema Sul-Sudeste.