Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Alegria e emoção marca 1º encontro dos Wilson

Muita descontração, alegria e emoção marcaram a primeira reunião da família Wilson, em Sacramento, nos dias 14 e 15 de abril. Mais de 80, dos 120 descendentes do casal Homilton Wilson e Margarida Giani Wilson, estiveram reunidos na cidade natal dos pais e onde nasceram também os seus dez filhos: Saulo (Perpétua); Carlyle (Tereza), Olavo (falecido), Gianete (Adolfo), Marcos (Tereza), Paula Márcia (Noé), Paula Virgínia (Rolando), Saul (Rosali), Margarete (Carlos Alberto) e Max (Egle, falecida).

Assentados, as quatro irmãs, Margarete, Paula Márcia, Paula Virgínia e Gianete, entre os irmãos Saul e Saulo (com Perpétua), filhos, netos e bisnetos.

O encontro dos Wilson começou com uma primeira reunião debaixo das centenárias mangueiras do Colégio Allan Kardec, onde Homilton e Margarida residiram e onde nasceram quase todos os filhos. Em 1954, a casa e o terreno foram vendidos para Corina Novelino para a construção do Lar de Eurípedes, mas já nessa época muitos dos Wilson já residiam no Rio de Janeiro. Logo após, um almoço de confraternização e abertura do encontro e, à noite, no salão do Colégio, um culto em homenagem aos progenitores. O dia terminou com uma rodada de pizza no Recanto do Borá. No sábado, o encontro prosseguiu às margens do rio Grande, no rancho do casal Léo Cerchi e Margareth Meg, neta de Homilton, para a confraternização de despedida, e onde foi selado o compromisso de encontros anuais.

Saulo, que não é o filho 'mais velho', como diz, mas o que nasceu primeiro, sempre simpático e brincalhão como sempre, era pura juventude em meio aos descendentes. "A família é a base da sociedade e isso foi muito interessante, porque a família vai se espalhando, criando ramos para aqui, para ali e de vez enquanto é preciso reunir para conhecer os parentes. Tive a oportunidade de conhecer muita gente hoje. Essa reunião propicia não só o conhecimento do papai e da mamãe, mas de outros ancestrais", diz com satisfação.

E não se esquiva de responder como é a responsabilidade de ser o 'vovô de todos'. "A responsabilidade é muito grande. Mas temos um orgulho muito grande, porque embora separados por distâncias somos uma família muito unida. E essa união é que faz com que tenhamos a satisfação de estarmos aqui com mais de 80 pessoas".

Saulo recorda um pouquinho da história da casa onde nasceram os primeiros descendentes dos Wilson. "Toda a área onde está o Colégio Allan Kardec pertencia ao meu avô, Mogico, pai de papai, de Eurípedes Barsanulfo e outros. Mais tarde vovô doou para o filho Eurípedes, uma parte para a construção do Colégio. Papai tinha um terreno, no fundo, onde construiu uma casa, em 1935. Ali nascemos a maioria dos dez filhos. Em 1954 papai vendeu a casa e o terreno para Mãe Corina construir o Lar de Eurípedes. Nessa casa nasceram seis irmãos meus: Marcos, Paula Márcia, Paula Virgínia, Saul, Margareth e Max. Por isso esse encontro aqui é muito propício".

O primogênito manda um recadinho para o caçula, o Max: "O que digo para Max, é que estamos todos solidários com ele e com a sua dor pela perda da esposa e que a nossa alegria seria muito maior se ele estivesse presente. Afinal, foi ele quem idealizou o encontro".

Atualmente, Saulo está trabalhando a finalização de dois livros sobre histórias e estórias de Sacramento.

Esse encontro era tudo o que a gente precisava

Anderson, neto dos progenitores, tem um papel importante nesse encontro de família. Ele é o responsável pela árvore genealógica dos Wilson. "Não sou o responsável pela árvore da família, estou dando continuidade a um trabalho que meu avô fazia. Na árvore, hoje, temos cerca de 1.100 pessoas, até hoje, porque, comprovadamente, estamos em 1.700. E por aí vai a pesquisa", diz, justificando a dificuldade na pesquisa. "Não se tem registros, a pesquisa é muito árdua", justifica, adiantando que, em breve, seguirá para o norte de Portugal para buscar novas comprovações. "Há que lembrar uma curiosidade: o pai de Homilton teve 15 filhos e em cada um botou um sobrenome diferente. Só o vovô Homilton era Wilson. Assim, o primeiro Wilson da nossa família é meu avô Homilton. Os outros 14 irmãos tinham sobrenomes diferentes e se toda árvore é grande e complicada, imagine a nossa".

Além do trabalho de pesquisa, disponível para toda a família num site privado, Anderson confessa que á grande a satisfação de reunir mais de oitenta parentes. "Como eu mantenho a árvore, pelo menos os nomes eu conheço, mas você olhar no olho, estar com a pessoa é muito bom. Esse encontro que meu tio Max bolou foi muito legal, mesmo".

Margareth, a caçula das irmãs, Gianete, Paula Márcia e Paula Virgínia foi outra que adorou o encontro. "Rever o Colégio, esse pátio que a gente guarda na lembrança desde criança é muito bom", elogia, confessando que vem a Sacramento numa média de três em três anos, mas normalmente não vai ao Colégio. Reside no Rio, é casada com Carlos e são pais de Rodrigo (Ana Lúcia), Lorena (Alexandre), Daniela (José Henrique) e tem um netinho.

Paula Márcia, avaliando o encontro afirma: "Para mim é um momento muito importante, apesar de a gente ter sido sempre unido, é importante. Quanta criança, sobrinhos, netos, genros que não conheço e estou conhecendo agora, isso é gratificante. E estamos sentindo muito a falta de Max, sobretudo, porque foi idéia dele esse encontro".

Uma das poucas a residir noutro estado, Paula Márcia reside em São Paulo, onde é artista plástica. "Fui de Sacramento para o Rio. Morar em São Paulo foi por força das circunstâncias, mesmo, aí ficamos por lá, mesmo, mas venho a Sacramento de quatro em quatro anos mais ou menos. Vou mais ao Rio agora, esse encontro, que promete ser anual, vai nos propiciar vir mais amiúde aqui".

E Paula Márcia esteve acompanhada do filho Leonardo Wilson de Medeiros, ou simplesmente Leonardo Medeiros, ex-ator global, que hoje trabalha em cinema. Leonardo esteve na cidade nos dias de carnaval, mas já fazia uns sete anos que não aparecia. "A gente sempre tem vontade de vir, não vem mesmo é por falta de tempo. Tenho um carinho muito grande por Sacramento, apesar de ter nascido no Rio. Esse encontro era tudo o que a gente precisava. Rever meus primos de infância, e quanta gente estou conhecendo hoje... A família é grande, bonita".
Saul Wilson, 62, residente no Rio de Janeiro há 59 anos, é sacramentano e há sete anos não vinha matar a saudade da terra onde nasceu, louvou a iniciativa do irmão idealizador. "Max sempre foi muito agitado, muito festeiro, gosta de reuniões de família e bolou esse encontro para conhecermos sobrinhos, primos, genros, noras. Infelizmente, o Carlyle e Marcos também não puderam vir, mas está uma reunião muito boa, é muita gente, netos, bisnetos...", diz com animação no pátio do Colégio Allan Kardec, local onde nasceu. "Gostaria que meus outros irmãos estivem aqui também, mas cada um tem uma vida, tomara, no próximo ano possamos nos reunir todos", diz.