Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Editorial

Quatro anos se passaram da última eleição presidencial, e já estamos aí de novo. Você lembra em quem votou? Acha que valeu o seu voto? É hora de refletir sobre o último pleito, a fim de aprimorarmos nosso modo de escolha, que por falta de opções, se torna cada vez mais difícil.
É bom ressaltar, que a consciência política acaba refletindo no nosso cotidiano, no pão que compramos, no preço dos combustíveis que são essenciais a todos, no atendimento de hospitais da rede pública, dentre outras coisas...

Mas, voltando ao que interessa, esta é (e todas serão) uma das mais importantes eleições do nosso Brasil. E será, com certeza, a mais "quente" delas.

De um lado, um Lula cambaleante, mutilado pela crise, totalmente aquém do Lulinha Paz e Amor que chegou ao poder em 2002 cheio de promessas; do outro lado, a Direita, que fará em sua campanha muito mais uso dos erros e trapalhadas dos adversários, do que mostrar coisas boas feitas quando estiveram no governo.

Na minha sincera opinião, teremos a famosa "briga de foice no escuro". Com certeza o nível será baixo, muito baixo.

Não seria a hora de dar a oportunidade a novos ares? Pois todos os "grandes" já tiveram a sua chance:
O PMDB com Sarney, fraco; o pára-quedista Collor, dispensa comentários, é um caso a parte; o PSDB e o PFL com FHC e Marco Maciel, que tiveram bons quatro primeiros anos, e catastróficos quatro últimos; e finalmente o PT do companheiro Lula que disse antes do poder: "... a esperança vencerá o medo..." e a falta de vergonha venceu tudo!
Gostaria de ver numa "chapa" presidenciável, políticos como Pedro Simon e Jefferson Peres, mas sei que seria inútil, pois para ser eleito, até Lula viu que é necessário entrar no esquema. Mas isso pode mudar...

Aqui entra novamente a consciência política, e o povo brasileiro ainda não a adquiriu.
A grande massa não sabe, ou pelo menos até a ultima eleição, não sabia votar, me refiro aos pobres, que sem culpa deles mesmos, não têm boa instrução, e acabam votando mal, senão vejamos:

Pergunte a esses carentes, quais as funções atribuídas aos senadores, ou ao próprio presidente, garanto (!!!), no mínimo 60% não saberá a resposta ou dará a resposta errada.
Assim sendo, eles não analisam como você que lê este artigo o faz o político pelos quatro ou oito anos trabalhados, e sim pela campanha eleitoral. E para ter uma boa campanha é necessário $$$, daí surgem os caixas dois da vida, corrupções sem fim além de outras práticas imorais e ilegais. São os políticos sabão em pó. Contratam um bom "marqueteiro", "arranjam" sabe lá Deus como, muito $$$, e pronto, estamos no poder. Enquanto alguns, eu disse alguns, políticos honestos, que visam o trabalho, chegam na eleição confiando apenas (como se fosse pouco) no que fizeram ao longo do mandato e "perdem" a eleição para os políticos-artista.

Gostaria de expor estas idéias a muitos brasileiros, pois vocês que têm instrução de sobra, um computador e estão lendo essas linhas, já sabem disso tudo. Mas escrevi, para marcar, para lembrar... Bom voto!

Gustavo Portella Maluf, 23,
é estudante de Direito