Editorial

Bem-aventuranças do Educador

Por: Silvana Elias da Silva Pereira (*)

Bem-aventurado o educador que na labuta diária continua acreditando que seu trabalho é uma possibilidade de transformação social;
Bem-aventurado o educador que, apesar da desvalorização da profissão docente se esforça para fazer de seus educandos agentes de luta pela valorização do trabalho;
Bem-aventurado o educador que diante de tantos desafios do cenário educacional se alegra diante de um educando que aprende a ler e a escrever;
Bem-aventurado o educador que apesar dos obstáculos consegue colaborar para que a escola seja prazerosa;
Bem-aventurado o educador que diante de educandos com deficiência abraça, pela educação, a causa da inclusão social;
Bem-aventurado o educador que diante da crítica infundada e destrutiva mantém-se educando para a criticidade e a liberdade humana;
Bem-aventurado o educador que diante da violência continua acreditando que é possível educar para a paz;
Bem-aventurado o educador que diante da omissão de muitos é capaz de denunciar as estruturas que violam o direito à educação e à vida;
Bem-aventurado o educador que compreende que educar é manter-se firme na convicção de que “Um outro mundo é possível a partir de uma educação de qualidade”;
Bem-aventurado o educador que diante da globalização e das políticas neoliberais educa para ver nascer uma sociedade solidária;
Bem-aventurado o educador que mesmo massacrado por um sistema perverso assume sua parcela de responsabilidade na construção de uma educação a serviço dos oprimidos;
Bem-aventurado o educador que diante das injustiças sofridas mantém-se obstinado por formar homens e mulheres capazes de construírem um mundo mais justo e igualitário;
Bem-aventurado o educador que, dia após dia, busca, incansavelmente, exercer com dignidade sua vocação colaborando para que a VIDA brote em cada canto;
Bem-aventurado o educador que consciente de seu papel gerador de VIDA NOVA entrega-se como instrumento nas mãos do CRIADOR colaborando para recriar a VIDA a cada dia!