Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Saudades

Edição nº 1211 - 26 Junho 2010

* Willian da Silva, 23, morreu no dia 23, por volta das 20h30 no Hospital Escola em Uberaba, para onde foi encaminhado no sábado, 19h00, após sofrer um acidente por volta das 21h30, na estrada vicinal da região do MST / Jaguarinha, quando bateu contra um veículo Pálio. Socorrido e encaminhado à Santa Casa, o jovem Willian logo foi removido para Uberaba, onde veio a falecer na quarta-feira, 23, vítima de traumatismo craniano.  

William, morador na fazenda do empresário José Walter de Oliveira, naquela região, era filho de Maria Alina Gonçalves e de João Elias da Silva, deixa a esposa Tassiane e duas filhas, Iris, 7, e Isadora, 4.

Willian da Silva foi sepultado na quinta-feira, 24, às 17h30, sob forte comoção dos familiares e amigos. 

 

* Eloana Santana Mateus, 22, filha do casal Antônio Flávio Mateus e Eloídes Gomes Santana Mateus, morreu na madrugada da segunda-feira, 21, no Hospital São Domingos, em Uberaba, onde estava internada desde a tarde da quinta-feira, 17, vítima de aneurisma cerebral. 

Trasladada para Sacramento, Eloana foi velada por familiares e centenas de amigos, ex-professores, colegas de trabalho do banco HSBC e da  Faculdade de Administração da Universidade Antônio Carlos - Unipac, campus de  Uberaba, e, sobretudo, colegas sacramentanos com quem sempre manteve um relacionamento alegre feliz, em especial no Grupo de Jovens. Todos buscavam uma explicação para tão prematura morte. 

No velório era muito forte o sentimento dos jovens. A sua morte casou comoção na juventude, pelo carinho com que tratava as pessoas, cativando-as com o seu riso franco e acolhedor.  Após as exéquias proferidas por Pe. Eduardo,  pároco da Igreja d'Abadia, Eloana foi sepultada às 18h00, no Cemitério S. Francisco de Assis.  

De acordo com a mãe, Eloídes Mateus, há dois anos Eloana residia em Uberaba, quando deixou Sacramento após ser contratada pelo Banco HSBC, onde, já concursada, prestava serviços como gerente de contas. “Eloana era sadia, muito alegre, ela viveu realmente os seus 22 anos. Ela era uma pessoa muito feliz, completa. Ela chegava aqui e já vinha gritando, abraçando, beijando, mordendo. Só Deus sabe o que aconteceu. Os médicos não encontraram uma explicação”, disse a mãe, acrescentando que até uns três, quatro anos atrás, Eloana tinha dores de cabeça muito fortes, diganosticadas como enxaqueca, mas depois sarou”, lembrou.

Eloídes conta que Eloana sempre retornava do banco entre 14h30 e 15h00. “Ela chegava no seu apartamento, que alugou com a irmã, Flávia, tirava o uniforme do banco, comia alguma coisa e ia descansar para ir para a faculdade.  Na quinta-feira, ela me ligou às 14h40.  A Flávia trabalha na Jô Calçados e todos os dias ela saía da loja e ia direto para a faculdade. Mas naquela quinta-feira, Flávia disse que deu uma vontade de ir em casa antes da Faculdade. Ela chegou em casa, e encontrou a Eloana deitada, inconsciente e com uma secreção (sangue) já seco no canto da boca. Ela acionou o SAMU e levou Eloana para o Hospital. Na hora, os médicos acharam que Le tivesse bebidos muitos comprimidos, porque ela havia comido uma canjica que ela tinha levado no sábado. Eles fizeram uma lavagem e viram que não era comprimido. Aí, a coisa foi complicando, saímos daqui feito loucos... Ela estava na UTI e os médicos falaram que era grave, muito grave...”, disse, emocionada, ao lado do marido Mateus.  

Ainda, de acordo com Eloídes, no sábado, Eloana apresentou melhora. “Ela começou a reagir e o médico falou que acreditava que estava diante de um milagre. No domingo, pela manhã, eu cheguei lá e senti uma paz muito grande, ela estava corada, voltou as feições, estava muito linda. Uma colega dela, chamada Flávia, porque a minha Flávia não estava indo lá, não queria ver a irmã doente, essa colega Flávia chegou e falou: “Oi Elô, aqui é a Flávia” – foi quando vários  aparelhos apitaram. Naquele mesmo dia a minha Flávia foi lá ver a irmã. Só que ela passou a ter febre. E quando foi no início da madrugada, por volta da 1h00, ela faleceu”, contou.

Ainda muito abalada Eloídes disse que não podia ficar na UTI. “Eu ficava só rezando, não podia ficar na UTI. O interessante é que à noite, no que eu rezei, vi um cemitério, foi uma sensação ruim, muito ruim. O  celular tocou no quarto da Flávia, quando tocou de novo. Falei, vamos lá... E Deus me deu uma força muito grande para preparar tudo para ela nesses últimos momentos. Escolhi suas roupas, escolhi a urna tudo ...”, lembrou,  lacrimosa e finaliza: “Minha filha vai me dar forças, quero esquecer a visão da UTI e do cemitério, essas duas imagens quero apagar, quero lembrar da filha maravilhosa, alegre, festiva aqui em casa e em todos os lugares...  O resto eu vou dar conta...”.