Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Renato Crema vida empreendedora

Edição nº 1180 - 20 de Novembro de 2009

O empresário Renato Crema de Souza foi, desde sua juventude, um empreendedor. Um ano antes da inauguração de Brasília, antevendo o surto imobiliário da nova capital federal, chega à Brasília para abrir uma indústria de porte médio para fabricar elementos vazados de cerâmica. Ele tinha 19 anos e todo o vigor da juventude. 

Da cerâmica para a construção civil e para o setor de auto-peças. Ali, na nova capital, inaugurada em 1960, partiu definitivo para novos empreendimentos imobiliários, construindo e realizando centenas de obras por 19 anos, até o ano de 1976, quando o pai, Sílvio Crema (Lelé) morre em Sacramento. 

Em 1980, quando foi homenageado pelo ET com o título de Personalidade do Ano, contou Renato ao repórter que, após tomar algumas decisões, estava decidido a retornar a Brasília, quando recebe do irmão Ricardo (Tal) um comovente apelo para ficar e gerir com os irmãos os negócios da família. 

Acedeu ao convite e, concomitante, ao trabalho na empresa Crema & Cia, abre a empresa Creil, no ramo da construção civil, e inicia uma arrojada tarefa de desviar o ribeirão Borá em mais de 500 m, drenar os alagadiços com 12 mil caminhões de terra e criar o Loteamento Bela Vista I. Viria depois o Bela Vista II, na Vila Seminário e, mais tarde, o Jardim Alvorada.

O vigor e a força empreendedora de Renato Crema, demonstrados ao longo de sua vida, ficaram, entretanto, esquecidos no momento em que ele precisava cuidar de si. Adiando sempre uma consulta médica para diagnosticar uma pequena ferida no pé, o empresário deixou o problema se agravar em decorrência da diabetes, até que ficou tarde demais. Mais de dois anos depois, uma cintilografia revelou uma metástase óssea na região do tronco, que o levou à morte. 

Velado no Velório Maurício Bonatti, por familiares, autoridades e um grande número de amigos, depois das bênçãos proferidas pelo irmão Rinaldo Crema, Harmilon Araújo e pelo ministro das exéquias, Jorge Fidelis Cordeiro, foi enterrado no Cemitério S. Francisco de Assis. 

Renato deixou os filhos, Clayton (Valéria), Robson, Nara (Ricardo), Aninha (Leomar) e Tim.