Sacramento Tênis Clube (STC), mas conhecido como Praça de Esportes sediou no último final de semana, um curso de 'Pesca submarina em apnéia', idealizado por Diego Martins Ribeiro, 26, e ministrado pelo Prof. Diego Santiago, 31.
De acordo com Ribeiro, a iniciativa nasceu diante dos perigos e acidentes que presenciou na prática desse esporte. “Conheço muitos mergulhadores por aqui, que não têm a técnica, a prática no mergulho. Já vi colegas meus passarem aperto nos rios, inclusive já vi afogamentos. Então, a intenção é dar a todos esse aprimoramento, inclusive o que podemos fazer com o colega do lado”, explica, agradecendo o apoio do diretor da Praça, Antônio Claret Scalon – Polaco, e da Prefeitura.
Diego Santiago, natural do Rio de Janeiro, professor de Educação Física, pós graduado em atividades aquáticas e com diversos curso na área, inclusive na Europa e Estados Unidos, ministrou o curso. “Pesca submarina em apneia é a pesca em que o praticante suspende a respiração voluntaria ou involuntariamente”, explica.
A prática desenvolvida no curso foi a apneia voluntária com o objetivo da prática do esporte, a pesca com arpão. “O fato de estarmos sem respirar dentro d´água é justamente pra dar mais chance ao peixe de fugir, isto é, pra manter a esportividade da pesca. O peixe quando nos encontra tem muito mais chance de fugir da gente, do que nós de pegá-lo. Para isso temos que ter condicionamento físico, técnica, equipamento, experiência do desportista, o que não é uma tarefa simples quando se está no ambiente do peixe”, explica.
Segundo o Prof. Santiago, é proibido o mergulho de amador para pescar usando tubo de oxigênio. “Usamos apenas o ar dos pulmões. Pegamos o ar, uma vez na superfície e descemos com aquele ar. Este equipamento na boca só serve para respirar com a cabeça dentro d´água. Ele fica com a pontinha pra fora pra não precisar emergir, isto é, vir á tona”, destaca.
De acordo com Santiago, o curso tem a duração de 15 horas, divididas em três dias entre aulas teóricas e práticas na piscina e no rio. “Eles começam devagar no tempo cronometrado e funciona como um aquecimento como o de qualquer outra atividade esportiva. Conforme a pessoa vai aquecendo, vai pegando a técnica, ela vai aumentando o tempo sem respirar”.
Santiago ressalta ainda os cuidados com o arpão. “É uma arma na mão, embora muito fraca, segura e não pode apontar pra ninguém, e nunca sair da água com a arma carregada. O arpão, enfim, exige os mesmos cuidados que devemos ter como qualquer outra arma, tanto em relação a nós mesmos, como em relação aos outros”, adverte.
Avaliando o primeiro dia de trabalho e a primeira vinda a Sacramento, Santiago se diz satisfeito. “Fico feliz, pois Sacramento, uma cidade pequena, porém com uma turma tão grande interessada em aprender mais, buscar um conhecimento que, na verdade, não é obrigatório. Fico satisfeito com o reconhecimento das pessoas e com a consciência de buscar informação e segurança para mergulhar da forma correta”.
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