Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Comunidade celebra S. Cosme e S. Damião

Edição n° 1330 - 05 Outubro 2012

A criançada e os moradores do Alto Santa Cruz estiveram em festa no domingo, 30, em comemoração a São Cosme e São Damião, protetores dos médicos, farmacêuticose das crianças, cuja data é comemorada no dia 26 de setembro. 

Na festa de São Cosme e São Damião, é tradição distribuir bolos,balas e doces para as crianças e assim foi feito pelo casal Lázaro Bento de Faria e a esposa Doralice, com a ajuda de amigos e familiares, para realizar  a 19ª festa.  

Lázaro e Dora assumiram a festahá três anos, para manter uma tradição iniciada por Marluce Luzia Alves da Silva, de saudosa memória e Lázaro. “Minha cunhada e comadre Marlúcia iniciou essa festa com um saco de balas distribuídas para as crianças, depois da reza do terço. Com a ajuda de muitas pessoas, a festa foi crescendo e, de repente,Marluce adoeceu e nos deixou. Dora e eu decidimos dar continuidade nesse gesto tão bonito que ela fazia de reunir as crianças, rezar o terço e distribuir doces e balas. Ela dedicou a vida às crianças. Sinto-me feliz de estar fazendo essa festa que era dela. Marluce tinha um amor muito grande pelas crianças”, reconhece.

A festa marcada para as 15h, começou ao som da Banda Lira do Borá, regida pelo maestro Paulo Constâncio, seguiu-se a reza do terço e cânticos com a equipe de Mariinha, acompanhada por inúmeras crianças e adultos. Depois foi só alegria nos pula-pula, com muito refrigerante, juju, balas, bolos, doces, tudo ao som dos músicos sacramentanos. 

Falando aos presentes, depois do terço, Lázaro lembrou as palavras do Evangelho. “Jesus disse um dia: 'Tudo o que vocês fizerem ao menor de meus irmãozinhos, vocês terão feito a mim'.Marluce com seu extremo amor às crianças começou há 19 anos uma pequena e modesta festa de São Cosme e São Damião, protetor dos pequeninos. Naquela primeira festa, havia apenas um saco de balas para serem distribuídas, mas foi um começo. Um começo abençoado, que foi crescendo ano após ano, até que, por vontade de Deus nos deixou em 2009. Marluce foi para a grande festa no céu, mas nós, seus amigos e amigos que somos das criancinhas continuamos a sua obra”, destacou. 

Para a festa de São Cosme e São Damião, Lázaro e a equipe tiveram muitas ajudas de familiares, amigos, comerciantes e foi uma festa bonita. “Temos uma equipe grande, muitos apoios, incentivos e muita ajuda. Recebemos tantas doações que vamos doar parte para  entidades. Por tudo isso, temos que agradecer a todos que colaboraram para a realização dessa festa tão bonita que este ano teve até a banda de música Lira do Borá. É uma alegria muito grande para todos nós e, Marluce, de onde estiver, está acompanhando isso tudo com muita alegria. Deus pague a todos”. 

Doralice Alves Ferreira, irmã de Marluce, ao lado do marido, recordou com saudades a irmã e agradeceu a ajuda de todos. Ediele Alves Derreira, mãe de Marluce, também confessou estar emocionada. “Estamos há três anos sem a Marluce. Ficou um vazio grande, mas ela deixou um legado grande, que é fazer a alegria das crianças com essa festa”, afirmou.

Raimundo Alves Araújo, o Araújo do Algodão Doce, que fazia a alegria de todos com a gostosura doce conta que ajuda na festa há muitos anos. “São 13 anos ajudando na festa, comecei com Marluce e agora, nos últimos três com o Lázaro. Todos gostam de algodão doce e pipoca e vou fazer isso enquanto puder”, prometeu.

 

São Cosme e São Damião: Patrono dos médicos e das crianças

 

Cosme e Damião, diz a história, eram irmãos gêmeos e cristãos. Nasceram na Arábia e viveram na Ásia Menor, Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram talento para a medicina e diplomaram-se na Síria, passando a exercer a profissão de médico com muita competência e dignidade. Cosme e Damião não recebiam pelo serviço prestado e aproveitavam para divulgar a fé cristã entre aqueles que se recuperavam das doenças. Usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Seus tratamentos e curas eram vistos como milagres. 

A ação dos dois despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do povo cristão. Tais perseguições, porém, não demoraram a frear a ação benéfica destes "médicos do amor". Na Ásia Menor, o governador deu ordens imediatas para que os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de feitiçaria e de usarem meios diabólicos em suas curas. Foram forçados a negar sua fé e, após serem barbaramente torturados, foram decapitados no ano 303.