Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Proposta do Educandário é trabalho social

Edição n° 1249 - 18 Março 2011

A psicóloga Daniele Garcia é uma das coordenadoras do projeto social mantido pela Congregação Redentorista, proprietária do prédio, onde funcionava o Seminário do SSmo. Redentor, e hoje transformado no Educandário do SSmo. Redentor, sob a administração da Congregação de S. Francisco de Assis na Providência de Deus. 

“- A casa tem uma  nova proposta de trabalho e conta com uma equipe coordenadora  composta por psicólogo,  assistente social, técnica  social e pedagogo. Somos uma equipe de profissionais, mas a direção da casa é dos franciscanos, hoje administrada por Frei Ângelo, auxiliado por frei Cirilo. A nova proposta de trabalho nessa parceria é a de formação integral da criança. Antes o foco eram mais escolar. Hoje, não, o foco é social”, esclarece. 

De acordo com Daniele, a casa está adequando  todas as atividades à nova proposta pedagógica redentorista. “Já estamos implantando o projeto SOS Família, que é um suporte para   famílias carentes. Em princípio,  ele será feito com as famílias das crianças assistidas pela casa, mas nada impede que ele se estenda a outras famílias.  As famílias incluídas no SOS têm atividades de artesanato, inclusão digital e um auxilio financeiro, destinado exclusivamente às crianças. Esse projeto também é mantido pela Congregação Santíssimo Redentor em parceria com a Fraternidade Franciscana”, informa.

O Educandário Santíssimo Redentor conta com 80 menores, mas há vagas para 120 menores e Daniele explica porque não foram preenchidas todas as vagas.  “Antes, o enfoque da instituição era escolar, hoje, não. O enfoque hoje é social. Para ingressar,  é feita uma avaliação, uma triagem da criança, da família. Só entram no projeto,  crianças que realmente estejam em situação de vulnerabilidade social”, explica

Se antes o foco da casa era o suporte escolar, hoje, o trabalho é outro, portanto não há professores como antes. Daniele deixa claro que “o objetivo da instituição era o suporte escolar, hoje, nem temos professores para essas atividades.  Aqui se trabalha a formação integral dos menores. O foco é dar condições aos menores e às famílias para que elas tenham um futuro melhor. É claro que, se a criança tiver problemas de aprendizagem, isso é trabalhado. Para isso temos o pedagogo, que faz o acompanhamento da criança juntamente com a escola. O pedagogo vai à escola,  avalia e traz as dificuldades para serem trabalhadas aqui, individualmente.

Informa a pedagoga que as crianças e adolescentes não têm mais horário específico em que todos se  sentam para estudar e fazer tarefas. “Isso é função dos pais. A tarefa escolar em si é função da família acompanhar. Para isso elas recebem orientações para esse acompanhamento e nós  vamos supervisionando daqui todo o processo”, explica, acrescentando que as crianças no Educandário têm outras atividades. “Aqui elas têm aulas de música, dança, desenho e artesanato, momentos de lazer, atividades recreativas, projetos como esse do Carnaval, que envolve pesquisa, confecção de trabalhos, tudo atividades lúdico educativas e tudo dirigido”, frisa.

Toda a equipe de funcionários da casa vem passando por cursos de capacitação ministrados por profissionais da província de São Paulo, conforme aconteceu na semana anterior ao carnaval. “Aqui na casa todos são educadores, desde a  cozinheira, o jardineiro, o pessoal da horta, da limpeza.  É um trabalho integrado, por isso todos têm que falar a mesma linguagem”, finaliza a psicóloga Daniele.