Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

FINADOS É DIA DE REFLEXÃO, DE SAUDADE E ESPERANÇA

Edição nº 1386 - 01 Novembro 2013

A palavra saudade traz em si, 

diversos significados que podem ser 

interpretados de acordo com o contexto 

onde é aplicada. 

 

Sua origem encontra-se no latim, 

solitate, saudade. 

E sobre a saudade, podemos 

encontrar várias  definições:

 

"Sentimento mais ou menos 

melancólico de ausência, 

ligado pela memória à situações 

de privação da presença de alguém 

ou de algo, de afastamento de um lugar

 ou de uma coisa, ou à ausência 

de certas experiências e determinados

 prazeres já vividos e considerados 

pela pessoa em causa como 

um bem desejável".

 

Saudade não tem cor, 

mas pode ter cheiro. 

Não podemos ver nem tocar, 

mas sabemos o quanto é grande. 

É a dor de quem encontrou 

e nunca mais encontrará, 

de quem sentiu e nunca mais 

voltará a sentir. 

 

Saudade é um registro fiel do passado. 

É a prova incontestável de tudo 

que vivemos e ficou impresso na alma. 

Ao confessarmos uma saudade, 

na verdade, estamos nos vangloriando 

de que, ao menos uma vez na vida, 

conhecemos pessoas e vivemos 

situações que foram boas, 

e serão eternas em nossa alma. 

Portanto, nutri-la, é alimentar 

o espírito e a própria existência.

 

Finados, é, pois,  dia de reflexão, 

de saudade e esperança...

 

A morte é ainda assunto tabu, 

recalcado, silenciado. Preferimos viver 

como se a morte não existisse. 

Mas, na sociedade atual a morte 

é também trivializada com as guerras, 

calamidades, eutanásia, aborto, 

acidentes, dentre outros propagados 

com auxílio da mídia. 

 

A dura realidade, é que a morte faz parte 

da vida, é o fim do curso vital, é uma invenção 

da própria vida em sua evolução. 

 

Para os que creem na eternidade, a morte 

é porta de entrada da vida, o acesso 

a uma realidade superior, 

a posse da plenitude. 

 

A morte tem um valor educativo: 

ensina o desapego da propriedade privada,

iguala e nivela todas as classes sociais, 

relativiza a ambição e ganância, 

ensina a fraternidade universal 

na fragilidade da vida.

 

Convida à procriação para eternizar 

a vida biológica, rompe o apego 

a circuito fechado entre as pessoas 

mesmo no matrimônio, leva ao supremo 

conhecimento de si e oportuniza 

a decisão máxima e a opção 

fundamental da pessoa.

 

Para morrer bem, é preciso viver 

fazendo o bem: “levaremos a vida 

que levamos”.  

 

O bem é o passaporte 

para a eternidade feliz e o irmão 

que ajudamos será o avalista 

de nossa glória no céu: “Vinde benditos”.

 

Importante é sabermos

que ao morrer, compartilharemos

a ressurreição de Cristo

e iremos para junto daqueles

que partiram para a vida eterna!