Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Eleição e Responsabilidade

Edição n° 1330 - 05 Outubro 2012

O Brasil terá neste domingo eleições municipais, quando serão escolhidos cerca de 5.563 prefeitos e perto de 60 mil vereadores para comandar os destinos das cidades brasileiras pelos próximos quatro anos, a partir de primeiro de janeiro de 2013.

 

Com mais de 140 milhões de eleitores (cerca de 70% da população) aptos a votar nessas eleições, os brasileiros deverão escolher entre cerca de 15 mil candidatos ao cargo executivo e quase 470 mil postulantes ao legislativo municipal, o que coloca o Brasil entre as maiores democracias do mundo em termos eleitorais.

 

As eleições representam um dos aspectos mais relevantes do regime democrático, mas, mesmo sendo condição necessária, esta não é suficiente para caracterizar uma democracia, pois é preciso atender a determinados pressupostos para que isso ocorra.

 

A rotatividade do poder, a pluralidade dos concorrentes e a plena liberdade de escolha do eleitor somente acontece nas verdadeiras democracias.

 

O Brasil, em que pesem possíveis distorções, oferece à sua população a oportunidade de escolher com liberdade aqueles que, segundo seu desejo, devem comandar, no executivo ou no legislativo, os municípios, os estados e o País. 

 

O regime democrático é o que melhor se combina com a economia de mercado, pois em ambos prevalece a liberdade de escolha, que é o fundamento da liberdade individual.

 

Liberdade implica responsabilidade. Ao escolher seus governantes, os eleitores tornam-se responsáveis pelos resultados de suas escolhas e, embora, possam corrigir seus erros posteriormente, promovendo rotatividade do poder quando for o caso, os custos podem ser muito elevados para a sociedade.

 

A responsabilidade pela escolha não se extingue com o voto. Não basta escolher seu representante e depois não acompanhar o que vem sendo feito por ele, não cobrar as promessas feitas e compromissos, ou não pressionar, quando necessário. 

 

As eleições municipais muitas vezes não provocam a mesma motivação no eleitor do que aquelas para o plano nacional, mas não devem ser consideradas menos importantes.

 

 Apesar de as grandes questões e decisões serem tomadas pelo governo federal (executivo e legislativo) é no município que os cidadãos vivem, e suas escolhas irão afetar o dia a dia de cada um no tocante às suas necessidades básicas. Por isso, a responsabilidade do eleitor nas eleições municipais é tão grande quanto nos pleitos de âmbito nacional. 

 

Cabe agora aos eleitores fazer suas escolhas. Nós, cidadãos inseridos na comunidade, precisamos analisar bem o perfil, as propostas e os compromissos dos candidatos à Prefeitura e à Câmara de Vereadores, cientes de que dependendo da nossa escolha, a nossa condição de vida e a de nossas famílias poderá ser afetada

 

Vamos, portanto, votar todos, não como uma imposição legal, mas como um direito que, assim como todo direito, tem a contrapartida da responsabilidade. Vamos exercer a liberdade de escolha visando o bem de nossa cidade  e de toda população. 

 

(*) Rogério Amato é presidente da  Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp)/com adaptação)