Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Pilotos de voo livre pousam em Sacramento

Edição nº 1534 - 9 de Setembro de 2016

Um lindo céu azul marchetado de poucos blocos brancos de nuvem foi o cenário de fundo para 130 pilotos de voo livre que participam da segunda e última etapa 19º Open de Voo Livre e a final do Campeonato Brasileiro de Voo Livre de 2016, organizado pela Confederação Brasileira de Voo Livre (CBVL), Federação Internacional Aeronáutica (FAI) e pelo Clube Araxaense de Voo Livre. 
Partindo da rampa do Horizonte Perdido, Araxá, onde estão sediados, os pilotos, de várias partes do Brasil e alguns do exterior, como Argentina, Suiça, Canadá e Austrália, coloriram o céu da cidade por volta das 16h da última segunda-feira 5 e aterrissaram em uma área verde próxima ao trevo do bairro Santo Antônio, surpreendendo  a população.
Acompanhando os voos e monitorando através de GPS todo o percurso que partiu da rampa do Horizonte Perdido, o coordenador da prova, Bruno Eduardo Newman, de Araxá, falou sobre a etapa. “Pegamos uma condição maravilhosa e essa região aqui  é muito boa para o campeonato, torna a disputa muito acirrada”, afirma, revelando a motivação dos pilotos.
“- Com certeza não é pelo prêmio, que é, praticamente ,simbólico. Além dos troféus, R$ 1.500,00 para o 1º lugar, R$ 700 e R$ 500 para o 2º e 3º. Então, o que os move é o prazer de voar, a paixão pelo esporte e o espírito de competição”.
Newman explica que o campeonato é dividido em duas etapas. Cada uma com sete dias de competição, sem previsão da quantidade de provas. “Depende dos ventos, das condições climáticas, portanto tem dia que não tem prova. A competição é uma corrida, por exemplo, hoje  saímos de Araxá, para  um voo de 70 km com um percurso passando por  três pontos diferentes e chegada em Sacramento”.
De acordo com Newman, a pontuação do piloto envolve vários fatores, não necessariamente quem chega primeiro. Todo o  controle é feito através de GPS e rastreador acoplados aos equipamentos. “Os pilotos são rastreados o tempo todo, inclusive para o caso de  acidentes ou no caso de se perderem. No final é feito o download dos pontos avaliando quem passou nos pontos determinados, velocidade, liderança de voos, etc”.


A paixão de voar...

O empresário do ramo de veículos, Gustavo Maretti 38, de Poços de Caldas, falou ao ET sobre sua experiência de 15 anos em voos livres. “Estamos na segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Voo livre, a primeira foi em Castelo, no Espírito Santo. É um campeonato que reúne os melhores pilotos do Brasil  e outros países, aqueles que vão vencendo persistem,  mas muita gente vem apenas para se divertir. Voo livre é muita emoção, não há nem como definir. Lá em cima não tem trânsito, não tem violência, chega a ser um momento de reflexão... Só sei que é apaixonante  voar”. 
O voo de parapente não é um esporte exclusivo do sexo masculino. Pelo contrário, no grupo havia várias mulheres e uma delas, a chinesinha ....., 36, radicada na Argentina, empresária no ramo da construção civil, é bicampeã do Campeonato Brasileiro de Voo Livre. O ET falou com ela logo que pousou. “Sempre gostei de esporte de risco e comecei a voar aos 18 anos, quando conheci o parapente. Comecei a competir e nunca mais parei, há dez anos venho ao Brasil competir  e sou bicampeã, conquistei o título das temporada 2014 e 2015”.
De acordo com informações da organização da competição, a Confederação Brasileira de Voo Livre e a Federação Internacional Aeronáutica estão sancionando a competição como evento internacional FAI2, incluído a etapa de Araxá no calendário nacional e internacional.
Além de abrigar a final do Campeonato Brasileiro da Modalidade, o Open de Voo Livre de Araxá também serve como seletiva para os pilotos brasileiros que representarão o país, no Mundial da Itália em 2017.