Sob pressão vereadores desistem do 13º

Em reunião extraordinária realizada na tarde da última terça-feira, a Câmara Municipal revogou a lei que instituiu o 13 salário e um terço de férias aos vereadores, em lei votada em dezembro último. A lei foi revogada por unanimidade pelos vereadores presentes. O vereador Pedro Teodoro Rodrigues de Rezende não compareceu à reunião, porque estava em viagem, mas já havia se manifestado à imprensa pela revogação, informando inclusive que havia doado o valor do subsídio a entidades sociais. 

“- Não compareci, porque a reunião foi convocada de última hora, sem que eu tivesse tempo de chegar à tempo, mas minha decisão também era a de revogá-la. Votamos uma lei de afogadilho. Foi muito errado o que fizemos. Olhamos a legalidade, mas não olhamos a moralidade, a ética. Eu peço desculpas à população”, disse ao ET por telefone, lamentando sua ausência à reunião.

“- Comuniquei à secretária Suely que estaria em viagem a partir de sábado até o próximo domingo. A intenção era mesmo de revogar a lei e achei que essa pauta seria apreciada na primeira reunião ordinária. Aliás, tentei falar com o presidente José Maria de terça a quinta-feira para conversar a respeito, mas a ligação não era atendida. Comuniquei minha ausência à secretaria e viajei”, justificou. 

Já na votação para a devolução dos valores recebidos, foram apresentadas duas emendas, uma do vereador Mateus Pereira, propondo dez dias de prazo; outra da maioria que propôs cinco dias úteis.  Venceu a maioria por 6 a 1. O projeto segue para sanção do prefeito. O prazo para devolução dos valores começa a correr, um dia após a publicação da Lei.