Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Osny Zago explica problema de esgoto do Jardim Primavera

Edição n° 1232 - 19 Novembro 2010

Ocorreu no dia 12/11/2010 refluxo de esgoto na residência da Sra. Luciene Aparecida dos Santos, no Residencial Jardim Primavera, após chuva forte. A Sra. Luciene entrou em contato com o SAAE, explicando o ocorrido e dizendo que estaria fazendo uma ocorrência e chamaria o jornal. Acionei a equipe de plantão do SAAE que, após terminar outra solicitação, compareceu ao local e verificou o ocorrido e foram tomadas as primeiras providências para sanar o problema. No outro dia, foi instalada uma válvula para impedir novos refluxos e, tão logo o tempo permitir entrar com máquina na área do interceptor, o SAAE vai construir um dispositivo alternativo de fluxo (by – pass) para evitar novos transtornos. 

Lamentamos muito quando ocorrem esses transtornos nas residências ou comércios. Quando são projetadas as canalizações de esgoto, são considerados para o fluxo, 80% do consumo diário, e somente podem ser ligadas as canalizações de banheiros, tanques e pias. Qualquer outro ponto de lançamento, como ralos de quintais e calhas são totalmente irregulares. Foi feito um estudo do ocorrido pela divisão técnica, e concluímos ser muito provável que alguns moradores, ao ampliarem suas casas, tenham lançado água de chuva na rede de esgoto, o que é proibido. 

Na época do processo de vistoria do SAAE (Habite-se) para a liberação das construções a serem ocupadas, não foi constatada essa irregularidade. Terá que ser feita nova vistoria para determinar a remoção desses lançamentos, se forem o caso de existirem. A princípio, cheguei a pensar que a rede coletora do Jardim Primavera era interligada com a rede coletora do Perpétuo Socorro, mas, não é. Para solucionar de vez esses problemas de refluxo de esgoto, o poder público deve editar uma lei, obrigando a todos os proprietários de imóveis, com água de chuva nos ramais de esgoto, a retirar o lançamento. Isto é considerado crime, uma vez que essa prática possibilita o extravasamento dos esgotos, colocando as pessoas em risco e poluindo o meio ambiente, com o agravante de inviabilizar todo o tratamento da ETE - Estação de Tratamento de Esgoto, que por esta razão perde sua eficiência, acaba por poluir o ribeirão Borá. E, ainda, outro transtorno é a geração do odores fétidos causados pela seqüência de desequilíbrio do sistema de tratamento.   

 

Osny Zago/Engenheiro diretor do SAAE