Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Família Cordeiro perde matriarca

Edição n° 1216 - 30 Julho 2010

A matriarca da família Cordeiro, Ada Cunha Cordeiro, 93, viúva do ex-prefeito de Sacramento, Dr. João Cordeiro, morreu dia 29 último. Dona Ada, que estava hospitalizada há 18 dias, no Hospital S. Marcos, em Uberaba, morreu de velhice, com parada gradativa de vários órgãos. Trasladada para Sacramento, foi velada em sua residência na praça Getúlio Vargas, na casa verde conhecida como o “Alpendre dos Cordeiros”, que ficou pequena para receber os familiares e amigos que  foram dar adeus a Dona Ada e levar suas condolências aos familiares. 

As exéquias foram proferidas às 15h30, pelo pároco, Pe. Valmir Ribeiro, que destacou a sua bondade. “Ao vê-la nesse momento cercada por tantas pessoas, posso imaginar tudo o que está nos corações de vocês neste momento. A morte sempre vai nos desafiar, sempre, porque de algum modo há a separação de pessoas que nós amamos, mas o que nos fortalece  e nos faz até capazes de nos alegrar num momento desses é a certeza de que o que os nossos olhos vêem não é o fim de uma vida, há algo em nós que é eterno, que é um pedaço de Deus’’, disse o pároco.

Prosseguindo, afirmou que ‘‘Dona Ada leva no seu coração para junto de Deus todos aqueles que a amam e lhe querem bem e como um anjo de bondade continuará intercedendo mais perto de Deus por todos aqueles a quem ela sempre rezou nos seus muitos anos aqui na terra. Sua história continua...”. 

O neto Bruno Scalon Cordeiro, com muita resignação, lembrou a avó como uma mulher jovem nas idéias, moderna nas atitudes e uma lutadora. 

“- Parecia que a vovó era revertida da imortalidade. A cada ano rejuvenescia, não em idade, mas no modelo que ela nos deixava. Ela lutou muito, mas hoje ela deixou de lutar, mas nós, não vamos deixar  de lutar porque somos  o prolongamento do modelo que ela e nosso avô João nos deixaram. Um casal exemplar. Humano, falível, mas certamente dotado de uma generosidade, humildade,  sinceridade e humanidade a poucos reservados.  Para nós será muito difícil entrarmos nessa casa e não a vermos mais sentada lá no alpendre. Mas ela deixa exemplos, por isso temos que lhe dizer obrigado. Obrigado por tudo o que ela fez, pelo exemplo de vida, pelo amor, pelo carinho...”, disse, entremeando aspectos particulares da vida familiar. 

O ex-prefeito José Alberto Bernardes Borges, amigo da família, deixou a sua mensagem, afirmando que Ada Cordeiro era uma “mulher firme, mulher de conversa, de um coração magnífico, solidária”. A seguir, depois de recordar seus trabalhos filantrópicos, principalmente junto à Santa Casa e à Apae, finalizou: “Ada foi uma matriarca de coração maior que se corpo. Nós perdemos uma grande mulher, mas o céu recebe uma grande dama”. 

Ada Cunha Cordeiro foi sepultada às 16h00, com o cortejo saindo da casa onde viveu por muito e muitos anos e que não será mais a mesma. Ali, o Alpendre dos Cordeiros abrigava toda a prole e amigos, nas tardes amenas de todos os dias da semana, sobretudo nas datas festivas. Lá estavam, no início, Ada e João caminhando de um lado para o outro, depois vieram os filhos, os filhos dos filhos e amigos... tantos amigos.

Ada Cunha Cordeiro deixa os filhos Marcos (falecido ainda criança), Arlete (Jorge), Roberta (falecida) (Donaldo), Ivan (Selma), Anete (Móris), Saulo (Célia) e Sérgio (Nilza); 19 netos e 16 bisnetos, além de mais quatro bisnetos que chegam na família Cordeiro até o final do ano.