Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

‘Penergetic’ é apresentado a agricultores

Edição nº 1368 - 28 Junho 2013

Um grupo de empresários do agronegócio, produtores e comerciantes  reuniram-se no Restaurante Carro de Boi, na manhã da última sexta-feira, 21, para uma palestras com o renomado pesquisador do Instituto Agrômico do Paraná (IAPAR), Dr.  Ademir Callegari, que falou sobre o Penergetic, tecnologia desenvolvida e produzida na Suíça, responsável pela biotivação do solo.

O responsável da Penergetic na região e responsável pelo encontro, Humberto Geraldo Balan Machado,  informou que “Penergetic é uma tecnologia em bioativação, de origem Suíça, que está no Brasil há 11 anos com excelentes resultados, promovendo uma melhora de qualidade de vida dos microorganismos do solo, isto é, ele ativa a vida do solo e também ativa a planta, no aproveitamento dos nutrientes disponíveis e imobilizados no solo, aumentando a eficiência fotossintética. É um produto que vem revolucionando e vem num crescimento intensivo pelos resultados obtidos”, explica.

Falando ao ET, Callegari disse que deixou aos produtores rurais uma mensagem de biodiversidade, mostrando resultados em vários estados brasileiros e em outros países. “Temos tido ao longo dos anos, uma agricultura muito dependente, muito ligada ao excessivo uso de insumos que tem acarretado inúmeros problemas ambientais, aumento de pragas e dificuldades para diferentes culturas, em razão do desequilíbrio em função desse excesso de insumos”, afirmou. 

Segundo Callegari, o solo está cansado porque ele tem vida. “Um grama de solo fértil possui três a quatro milhões de fungos, dois milhões de bactérias e tantos outros microorganismos, que vão morrendo com o excesso de produtos químicos, como os pesticidas. Aí, os mais resistentes, que são as pragas começam atacar, fazendo com que fiquemos cada vez mais dependentes de insumos. Mas, quanto mais insumos e pesticidas usarmos, mais dependente  e mais frágil  será a nossa cultura”, explicou, apresentando a solução. 

“- Temos, portanto, que buscar plantas, sistemas mais sustentáveis como a rotação de culturas, e que não é nova. Antes de Cristo já se usava rotação de culturas, usavam-se plantas melhoradoras de solo: aveia,  centeio,    tremoço, crotalária, milheto, guandu  e tantas outras”, informou.

Segundo Callegari, exemplificando com resultados de diferentes países, o plantio direto com essas plantas,  ativa, devolve e faz a bioativação do solo. “O Penergetic é uma tecnologia inovadora, totalmente biológica que entra como ativador de solos, criando matéria orgânica, condições favoráveis para o solo, ao ativar os microorganismos e trazer efeitos fantásticos para o solo e a planta, independente do tipo de cultura”.  

Há quase 12 anos no mercado, o Penergetic passou pelo período de calibração na Ma Shou Tao Agrícola e há cinco anos  foi  validado. “De lá pra cá, a aceitação foi muito grande, com uma  expectativa hoje de meio milhão de hectares de uso, em função de seu benefício para os produtores e o meio ambiente. Sacramento conta com diversos produtores usando com sucesso o produto, são  áreas de até seis mil hectares por produtores individuais”, destaca. 

Para Callegari, o mundo está buscando melhores alternativas para produção sustentável. “Como Consultor das Nações Unidas e de entidades como a Cooperação Alemã, Cooperação Austríaca e Banco Mundial,   temos tido inúmeras missões. Trabalhando em 49 países de todos os continentes, temos visto de um lado um mundo faminto e de outro, um mundo muito farto. Mas, na verdade, existe comida para todos,  a distribuição é que não é feita  com igualdade”, analisa, revelando experiências bem sucedidas. 

“- Temos visto muitos países com deficiência alimentar gravíssima, países muito dependentes de insumos e ali vamos criando regiões-oasis, experiências  bem  sucedidas de plantio sustentável, que reequilibra o solo e dá boas produções. E agora vem o Penergetic, que vem contribuir para o aumento de produção, usando menos insumos, agredindo menos o solo, a água, ao produtor”.

Callegari esclarece que não é funcionário da Penergetic, mas pesquisador e consultor internacional que, trabalhando há 35 anos com agricultura sustentável, viu no Penergetic um  aliado. “O Penergetic é uma ferramenta que  se encaixa dentro daquilo que temos procurado: diminuir o uso de insumos, aumentar a disponibilidades dos nutrientes do solo e ter uma agricultura mais balanceada, com menos riscos aos ataques  de pragas e isso é possível.  A diminuição do uso de insumos é visível e crescente em muitos países  de primeiro mundo:  A Alemanha possui hoje um milhão de hectares orgânicos, a Áustria possui 15%, totalmente orgânica, na Suíça  tem 10%. E se dá certo lá, vai dar  certo em todo lugar e este é o nosso grande caminho, nós podemos, sim, fazer uma agricultura ambientalmente amigável, escutando o que nos fala a natureza. Este é, portanto, um passo que tem dado muito certo  ”. 

Ademir Callegari, que veio a  Sacramento pela primeira vez, elogiou a receptividade  dos empresários. “Já conhecia alguns vídeos, de experiências  no município e região, ouvido alguns produtores através de vídeos e esta oportunidade foi um momento de muita satisfação. Um pessoal interessado, procurando informações, contatos. Isso é muito bom,  e esperamos voltar para compartilhar experiências, porque o Penergetic tem dado resultado extraordinários por aqui.    São sinais apontando que daqui adiante vamos ter coisas diferentes. A semente foi lançada”. 

 

Quem é o Dr. Ademir Callegari?

 

Especialista em adubos verdes, plantio direto, rotação de culturas, com trabalhos em mais de 40 países, Dr. Callegari cativou os participantes da reunião ao apresentar propostas viáveis dessa nova tecnologia, assim como pelo currículo. Mestre em Soil Science (Ciência do Solo), University of Aberdeen, na Escócia e Doutor em Agronomia pela Universidade Estadual de Londrina (2006); com estudos na Universidade de Paris e INRA (França), Kansas State University (Manhatan, USA), autor de 23 livros, alguns de publicação internacional, mais de 200 artigos em Revistas especializadas internacionais e   pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR).