Cristo Ressuscitou!
Que vença o respeito pela vida!
Ao longo da Quaresma de 2020, fomos convidados a fixar o nosso olhar nos braços abertos de Cristo crucificado e deixar que Ele nos salve sempre de novo. Crer firmemente na misericórdia divina que nos liberta de toda a culpa. Trilhar um caminho de conversão que se concretiza na mudança de mentalidade e de atitudes. Contemplar o sangue de Cristo derramado pelo grande amor que Ele tem por nós e deixar que nos purifique. A Páscoa de Jesus não é um acontecimento do passado: pela força do Espírito Santo é sempre atual e nos permite contemplar e tocar com fé a carne de Cristo em tantas pessoas que sofrem. No período quaresmal que concluímos, a Campanha da Fraternidade alertou sobre a importância de não separar a conversão do serviço aos irmãos e irmãs, sobretudo os mais necessitados. Neste ano, o tema da Campanha tratou justamente do valor da vida e da nossa responsabilidade de cuidá-la em todas as suas instâncias, pois a vida é dom e compromisso; é presente amoroso de Deus, que devemos continuamente cuidar. De modo particular, diante de tantos sofrimentos que vemos crescer em toda parte, especialmente aqueles causados pela atual pandemia do novo coronavírus, somos chamados a ser uma Igreja “samaritana”. Só será possível vencer a globalização da indiferença se nos dispusermos a imitar o Bom Samaritano (cf. Lc 10,25-37). Esta Parábola nos indica três atitudes fundamentais: ver, sentir compaixão e cuidar. À semelhança de Deus, que ouve o pedido de socorro dos que sofrem, devemos abrir nossos corações e nossas mentes para deixar ressoar em nós o clamor dos irmãos e irmãs necessitados de serem nutridos, vestidos, alojados, visitados (cf. Mt 25, 34-40).
Nós, cristãos, acreditamos e sabemos que a ressurreição de Cristo é a verdadeira esperança do mundo, a esperança que não decepciona. É a força do amor que se humilha e oferece até ao fim e que verdadeiramente renova o mundo. Esta força dá fruto também em nossa história atual, marcada pela pandemia do novo coronavírus, pela violência e corrupção. Dá frutos de esperança e dignidade onde há miséria e exclusão, onde há fome e falta trabalho, no meio dos refugiados – frequentemente rejeitados pela cultura atual do descarte – das vítimas do narcotráfico, do tráfico de pessoas e da escravidão dos nossos tempos.
E nós, hoje, pedimos frutos de paz, de reconciliação, de esperança, de diálogo, de consolação, de vida nova para o mundo inteiro. Nesta Páscoa, a luz de Cristo Ressuscitado ilumine as consciências de todos os responsáveis políticos e conceda os frutos de sabedoria, a fim de que respeitem sempre a dignidade humana, trabalhem com dedicação ao serviço do bem comum e garantam progresso e segurança aos seus cidadãos.
A Semana Santa deste ano foi inédita, com nossas Igrejas fechadas e celebrações sem a presença dos fiéis. A Igreja convocou a todos para celebrar no ambiente familiar como Igreja doméstica e acompanhar as Celebrações pelos meios de comunicação. Nos parece triste, porém, como homens e mulheres de fé, a esperança deve prevalecer. Mesmo distantes, a união espiritual se manteve.
Como aos apóstolos assustados na tempestade, Cristo repete a nós hoje: “Coragem, sou eu, não tenhais medo!” (Mc 6,50) E se Ele está conosco, por que havemos de temer?
Embora possa parecer escuro o horizonte da humanidade, celebramos o triunfo esplendoroso da alegria pascal.
Se um vento contrário dificulta o caminho dos povos, se o mar da história se torna agitado, ninguém deve ceder ao pavor nem ao desânimo.
Cristo ressuscitou! Cristo está vivo entre nós! A Páscoa traz consigo a mensagem da vida que vence a morte. Que vençam os pensamentos de paz! Que vença o respeito pela vida!
Padre Ricardo Alexandre Fidelis
Pároco e Reitor da Basílica
do Santíssimo Sacramento
TRABALHAR COM AMOR
Não importa a profissão, o importante é trabalhar com amor. Esta frase bem demonstra a vida profissional do 'faturante' Alcides Veríssimo, que da pedra bruta arranca a laje que calça ruas e passeios das cidades. “Sou um homem muito feliz. Apesar de um trabalho duro, foi o que achei naquela época ainda garoto e órfão de pai. Mas é um trabalho que faço com amor, pois ele me deu tudo o que tenho”, resumiu com sabedoria sua vida de homem trabalhador, bendizendo a Deus pela esposa maravilhosa e sete filhos que são o seu orgulho.
7 DE ABRIL
A colega jornalista Daniela Souza lembrou a data nos enviando uma bonita mensagem com uma exclamação candente: “O que seria do mundo sem a informação?” Agradecemos, revidando e fazendo uma comparação. E se Alcides lapida a pedra bruta, nós, jornalistas, fazemos o possível para lapidar a palavra e construir textos que contam a história do mundo. Nessa jorna(l)da lá se vão 51 anos de um trabalho feito com esmero e amor. Somos contadores de histórias e, por que não estórias, tendo a verdade factual como maior lição e sem deixar de seguir três princípios da estética, deleitar, comover e ensinar...