Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Por que o mosquito Aedes aegypti transmite tantas doenças?

Edição nº 1495 - 11 de Dezembro de 2015

Estudos da Fiocruz e órgãos internacionais  de saúde apontam que o mosquisto Aedes aegypti, que  está no centro da atual epidemia de zika, além de ser vetor de contágio da dengue, das febres chikungunya e amarela e de outras enfermidades mais raras é  resistente e adaptável aos centros urbanos.
De acordo com  a Agência Europeia para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês),  o Aedes aegypti, cujo nome que significa "odioso do Egito" é considerado uma das espécies de mosquito mais difundidas no planeta e é combatido desde o início do século passado.  Mas, a partir de meados dos anos 1990, com a classificação da dengue como doença endêmica, passou a estar anualmente em evidência. Agora, um novo sinal de alerta vem da epidemia de zika, uma doença com sintomas semelhantes aos da dengue, em curso desde o meio do ano.
De acordo com a matéria, está confirmado que o zika vírus, que  está ligado a uma má-formação no cérebro de bebês, a microcefalia, que já teve neste ano ao menos 1.248 casos registrados em 311 municípios em 14 Estados, a maioria deles no Nordeste tem como vetor o Aedes aegypti. Antes disso, o Aedes aegypti esteve no centro de um surto de febre chikungunya ocorrido no país no ano passado, ou seja, o vírus chegou ao Brasil e se espalhou com a ajuda do mosquito. “O Aedes aegypti está ligado ainda a males mais raros, do grupo flavivírus.  Entre os agentes de contaminação, esse mosquito é o que tem a capacidade de transmitir a maior variedade de doenças", ", afirma Felipe Pizza, infectologista do hospital Albert Einstein, que diz mais “alguns fatores contribuem para tornar o Aedes aegypti um agente tão eficiente para a transmissão desses vírus. Entre eles está  a sua capacidade de se adaptar e sua proximidade do homem”.