Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Paciente denuncia falta de consulta e remédio no Caps

Edição nº 1120 - 28 Setembro 2008

Márcia Michel da Silva, paciente do Centro de Atendimento Psicosocial - Caps, que funciona junto ao Postinho Luiz Gianni, procurou o jornal na tarde de quinta-feira, 25, para denunciar falta de consultas e de medicamentos naquela unidade, Segundo Márcia, desde setembro do ano passado, ela faz tratamento para depressão e, nos últimos meses foram marcados dois retornos de consulta, mas não foi atendida. “O médico só atende às quartas-feiras. No mês passado,  eu fui para Postinho, às 12h00, conforme está aqui no cartão, e lá permaneci até as 16h45, quando me justificaram que não daria pra me atender. No dia seguinte, depois de reclamar com a chefe da unidade, me deram o remédio, mas sem consulta.

 Conta Márcia que foi agendada nova consulta para o dia 24 de setembro, às 12h00. “Liguei, perguntando pela ambulância, e as atendentes responderam que o médico veio na terça-feira. Eu questionei que a minha consulta seria no dia 24, elas disseram que avisaram para todos irem consultar na terça-feira. E começaram a jogar a culpa uma na outra, porque o meu nome não constava da agenda”, conta. 

A preocupação de Márcia é que os remédios só duram até domingo. “São remédios controlados, só dão até domingo, alguns já acabaram e o pior é que a última vez que consultei foi no dia 4 de junho. Nessa consulta, o médico deu a receita e um relatório para a Prefeitura me dar os remédios para 60 dias. Eu fui à Assistência Social, elas me deram o remédio para 30 dias. As moças do Caps, disseram pra eu voltar lá quarta-feira, 1º, às 7h00, que elas vão tentar me encaixar, mas eu não posso ficar sem os remédios até quarta-feira”, reclamou.

De acordo com Márcia, um dos medicamentos ela está comprando, porque a Prefeitura não está fornecendo. “Faz quatro meses que eu compro um dos remédios, que uso três vezes ao dia, e não tenho condições, estou fazendo dívidas que me comprometem”, disse. Márcia, que é natural de BH, reside no bairro Skaff, é separada e mãe de dois filhos menores (11 e 5 anos). “Só quero seguir o tratamento para ficar curada, não posso ficar sem os remédios”, disse, lamentando.