Espíritas comemoram 98º aniversário de morte de Eurípedes Barsanulfo

Há 98 anos, no dia 1º de novembro, morria o professor e médium espírita, Eurípedes Barsanulfo, cuja memória passou a ser lembrada pelos ex-discípulos e familiares nessa data, com a Hora da Saudade, tradição mantida até os dias atuais pela comunidade espírita, no Colégio Allan Kardec, fundado por ele em 1907.
É tradição também no evento a presença de familiares, um deles, o sobrinho Saulo Wilson que veio de Goiânia, onde reside com as filhas, para essa finalidade, participar da Hora da Saudade, com  simpatizantes de Sacramento e de outras cidades, que se reúnem às 7h da manhã para as preces, seguidas de confraternização.
Alzira Bessa França Amui, presidenta do Grupo Espírita Esperança e Caridade, falando da comemoração no último dia 1º, destaca a presença de caravanas de vários lugares e de sacramentanos.
“- Foi um momento muito especial com as crianças cantando música para Tomaz e Corina Novelino. Também o Coral Corina Novelino, do Grupo Esperança e Caridade, cantando para o público presente. Foi uma manhã muito rica de saudades, mas também de apresentação de todo o trabalho que está sendo desenvolvido”, reconheceu a diretora.
Alzira destaca também a presença de um casal polonês em visita às obras do Grupo. “Nessa  quarta-feira 2, ficamos muito felizes com a visita de um casal da Polônia que, para nós,  foi motivo de muita alegria, porque já leram alguns livros nossos e agora querem passar um mês em Sacramento para conhecer o nosso trabalho”, informou, ressaltando ainda a apresentação do musical, 'O samba no fundo  do nosso quintal', na quadra da escola.
 Na verdade, as atividades em comemoração a Eurípedes foram reunidas num único projeto, com quase uma semana intensa de atividades. “Achamos importante trabalhar esse projeto pedagógico, para acabar com o preconceito e mostrar de uma forma bem clara e objetiva a formação do povo brasileiro, desde o índio até a imigração e o resultado foi extraordinário. E o nosso seminário no sábado terá a mesma temática “Brasil celeiro de oportunidades”, explicou a presidente Alzira Amui.

Brasil, celeiro de oportunidades

Nessa quinta-feira 3, a Escola Eurípedes Barsanulfo abriu suas portas para a visitação dos espaços do projeto pedagógico,  “Brasil Celeiro de Oportunidades”. “Diferentemente dos anos anteriores em que realizávamos uma feira ou uma exposição de trabalhos, este ano estamos fazendo espaços pedagógicos interativos, com as crianças participando e contando aquilo que aprenderam este ano”, explicou a diretora da Escola, Francine Amui.
 “- A apresentação foi feita em cinco espaços diferentes: O que aprendemos com nossos irmãos índios; o que aprendemos com nossos irmãos africanos; o que aprendemos com os colonizadores, a sua contribuição para o Brasil e o que gerou dessa mistura de índios, africanos e colonizadores, que somos nós os brasileiros, e o quinto espaço, o literário, as histórias elaboradas durante o ano  enfocando as diferenças”, descreveu Francine.
 Para a diretora, com a crise que assola o país, a escola teve de tirar o 's' da crise (crise/crie) e criar, mas não foi fácil. “Estamos terminando o ano com grandes dificuldades financeiras, mas felizmente a questão pedagógica foi muito boa. Conseguimos alcançar nossos objetivos. Felizmente, temos uma equipe muito competente e percebemos isso no resultado com nossas crianças na construção dos valores éticos e morais”, avaliou Francine Amui, feliz com o resultado pedagógico alcançado com sua escola.