Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Dona Ariovalda completa 110 anos

Edição nº 1576 - 23 de junho de 2017

Ariovalda Duarte de Araújo, completou dia 21 de junho último, nessa quarta-feira, 110 anos. Isso mesmo, leitor, 110 voltinhas em torno do sol. Não é brincadeira, não. Talvez, uma das mais longevas do país... Se temos o melhor queijo do mundo, de repente, temos também a velhinha mais longeva e simpática... 

Viúva de Oswaldo Vieira de Araújo, dona Ariovalda é mãe de nove filhos: Maria Terezinha (Vanderley/falecido), Leopoldo (falecido), João Marcelo (Maria Angélica), Vicente de Paula (Maria Graciete), Josefina (Baltazar/falecido), Manuel (Zulmira), Ary (falecido), (Vitória), Maria Auxiliadora, mais conhecida como Dorinha e João Bosco (Maria Aparecida), filhos que lhe deram 19 netos, 28 bisnetos e 3 tataranetos. Todos presentes no último final de semana 17 para a comemoração de tão bela data. Na tarde daquele sábado, o ET encontrou com alguns filhos que afirmaram unânimes ser uma bênção comemorar os 110 anos da mãe. 

“- Mamãe foi um esteio, um baluarte em nossa família que é numerosa, nove filhos, e ela sempre deu a assistência devida a todos. E mamãe, já por isso é abençoda. Claro que o peso dos anos deixam sequelas, mas mamãe tem uma saúde muito grande, ela não depende, praticamente, de remédio nenhum e deixa esssa felicidade para todos nós”, afirma Vicente de Paula.

Para  Josefina,  a mãe é uma mulher santa. “Eu sempre a considerei uma mulher santa. Quando eu era criança, não se comemorava o Dia das Mães, lembro-me que escrevi para ela uma poesia, dizendo: “Vi minha mãe orando em frente ao altar / Era uma santa rezando para outra santa escutar”. E toda vida tive comigo essa  ideia, de que minha mãe é uma santa. Mamãe sempre teve uma fé inablável. Quando ela dizia, 'fica tranquilo, que não tem problema', não tinha problema mesmo. 

Conta a filha que da. Ariovalda toda vida foi uma pessoa de muita fé. “Durante dez anos, ela comungou sem ter faltado sequer um dia da mesa da comunhão. Parece que Deus encaminhava o padre para ela comungar. Mamãe pertenceu à irmandade do Sagrado Coração de Jesus e São José. Os nomes do João Bosco e da Maria Auxliadora lhes foram dados por graça que ela recebeu”, revela, acrescentando: “Mamãe foi uma mulher muito trabalhedeira e, aos 100 anos, ela ainda fez um pedacinho de crochê, que guardo com muito carinho”. 

De acordo com Josefina, até os 96 anos, dona Ariovalda era uma mulher ativa. “Aos 96 anos, quando ela caiu, ela estava capinando o quintal. Mamãe gostava muito de plantar e como o espaço era pequeno, quando cresciam as plantas, ela cortava para plantar outras...”. Dona Ariovaldo foi também uma grande costureira.  E, uma das grandes marcas de dona Ariovalda é também a caridade. “Mamãe era uma pessoa muito caridosa, pronta para servir”, lembra Josefina. 

“- Minha mãe era uma guerreira - completa o filho Manuel - foi sempre um exemplo que dignificou nosso lar. A sua saúde foi, realmente, algo incomum. Em quase toda minha vida, eu não vi minha mãe ficar doente. Sempre disposta a trabalhar e a olhar os filhos, dando-lhes a educação necessária, enquanto nosso pai trabalhava para o sustento da família. Ele lá no trabalho e minha mãe aqui junto aos filhos protegendo e dando a formação necessária para a vida”. 

Já o filho caçula, o Bosquinho, os irmãos não negaram que foi o mais mimado. E ele reconhece e diz emocionado, citando um pedido que a mãe lhe fez para não se separar da casa. “Ela me fez esse pedido, que eu precisava estar junto dela e da Dorinha. Aceitei, claro, com amor, e vou cumprir minha promessa até o final”, promete, citando outras lembranças:

“O dia a dia de nossa mãe foi dignificado pelas suas ações, não apenas com os filhos, mas com os 'filhos de leite'. Às vezes, andando por aí, ela encontrava um ou outro e dizia: 'Olha, aquele ali é seu irmão de leite; olha, aquela ali era sua irmã de leite. Então, temos muitos irmãs por aí, a Ruth, a Sandra, a Alzira, a Dasy... Desejo a nossa mãe, tudo de bom e para nós, os filhos, muito amor e paciência. Se ela cuidou tanto de nós, que façamos o mesmo por ela”.  

 

Uma missa na Basílica do Santíssimo Sacramento marcou a data, seguida de uma confraternização familiar junto a Da. Ariovalda, com direito a bolo de aniversário com 110 velinhas... Cada filho pôde soprar 12 velinhas. Parabéns, dona Ariovalda!