Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Funcionário da Gruta efetua dois disparos contra Lismar de Santi

Na sexta-feira, 24, por volta das 17h30, o produtor rural Lismar De Santi (Dudu) e outros ruralistas encontravam-se na Gruta dos Palhares, na 'saideira', do almoço de confraternização do I Seminário de Associativismo, quando 'por motivos fúteis' segundo Lismar, o motorista da Prefeitura, José Eurípedes da Silva, mais conhecido como Zé da Gruta, residente no local, sacou de uma arma de fogo e disparou duas vezes contra Lismar, porém sem atingi-lo. Em seguida, Zé deixou o local, numa VW Kombi, de propriedade da Prefeitura de Sacramento.

Acionada, a polícia compareceu à Gruta dos Palhares, onde lavrou a ocorrência. Após rastreamento, depois de um segundo chamado de Lismar, que localizou o veículo de Lismar na cidade, a PM prendeu em flagrante delito o motorista Zé da Gruta. Depois de prestar depoimento, foi liberado.

O que dizem As testemunhas

Segundo testemunhas, após o almoço de confraternizaçao, alguns produtores permaneceram na Gruta, bebendo cervejas, dentre eles, Lismar De Santi; o ex-vice-prefeito, Celso Bizinoto Almeida (Barão); Gulherme Scalon, dentre outros e, por volta das 17h00, ao pedirem mais uma cerveja, Zé da Gruta disse que tinha que fechar a Gruta. "Com a negação, Lismar disse para o Zé que estavam num local público, bebendo e pagando". Mesmo assim não lhe foi servida a bebida. Lismar terminou de tomar a última cerveja que ainda estava na mesa e saiu com os amigos. "No portão de saída, falei prá ele: - Rapaz, mas você não pode falar que vai tirar os outros à força. Por causa de uma cerveja? Como é que você faz isso? Ele respondeu: - Eu faço, porque aqui eu mando", contou Lismar.

Segundo ainda a vítima, estava a uma distância de seis metros de Zé da Gruta, com os amigos a sua esquerda. Disse que o primeiro tiro passou raspando na barriga e o segundo no chão. Na cidade, Zé da Gruta refugiou-se na casa onde residia o pai do atual prefeito, Joaquim Rosa Pinheiro, na av. Coronel José Afonso, 89, onde foi preso.

Disse mais Lismar que os advogados da prefeitura municipal, Éderson Santo Bizinoto, Juarez Ribeiro Venites e José Carlos Rodrigues Borges estiveram no local e tentavam convencê-lo a retirar a queixa. "Me pediram para dar um jeito... dar jeito, meu amigo? Como é que dá jeito. Levei um tiro e se tivesse pegado em mim? Vocês iam dar jeito na minha família, tratar de minha família. Por causa de uma cerveja?", respondeu aos advogados.

Não se sabe se a arma foi encontrada. O Tenente Teles da PM local não liberou a ocorrência para o repórter desse jornal. Disse que liberaria se os nomes dos envolvidos não fossem citados. Segundo o oficial, os envolvidos poderiam mover ação contra a PM por danos morais.