Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Um vídeo abriu as portas do Odessa College para Amanda

Edição nº 1581 - 28 de Julho de 2017

Amanda Mendes Oliveira 18, que esteve na última temporada na equipe de São José do Rio Preto (SP), durantes essas férias enviou um vídeo para uma agência de esportes que leva atletas para o exterior e conseguiu. “Eles entraram em contato me convidando para ir para o Odessa College com 100% de bolsa de estudos, um contrato para dois anos e meio. Estou indo esta semana e retorno a Sacramento em maio de 2018, em férias. Eu pretendo me formar lá, porque é o time da universidade”. 

O nome da levantadora Amanda já consta na relação das atletas do vôlei da equipe, com outras três mineiras: a líbero Catharina Bambira, de Betim; Maria da Silva, de Campanário (MG) no bloqueio e, a ponteira Mariana Ferreira, de Contagem (MG), que formarão uma equipe bem eclética com mais 12 atletas de diferentes lugares,  todas cursando o ensino médio.  

Para Amanda, essa é a primeira oportunidade saindo do país. “Estou indo com coragem. Aprendi a jogar vôlei aqui durante um ano e no ano passado joguei em São José do Rio Preto. Foi minha primeira experiência fora. Mesmo não tendo tanta experiência com times de fora, o que Bethânia me ensinou vai fazer a diferença, porque ela não ensina só o vôlei, mas ensina a ser uma pessoa melhor e ir sempre no caminho certo.  Ir para o Texas é uma experiência que me assusta um pouco, mas sei que isso vai me acrescentar muitas coisas não só no vôlei. Vou estudar com bolsa 100%, e é uma oportunidade única”.  


Elis Bento, do Brasil para a Suíça e França

Elis Cristina Bento, que aos 17 anos saiu de Sacramento para o Sesi (2005/06), União Suzano (2006/07), Medley Banespa (2007/08, 2008/09), Banana Boat/Praia Clube/2009/10, 2011/12), Vôlei Futuro (2010/11), Rio Sul (2012/13, 2014/15), São Bernardo (2013/14), desde 2015 tornou-se atleta do vôlei internacional.  A temporada 2015/16 foi no  Volley Köniz, em Berna, capital da Suíça; 2016/2017 foi para o Terville Florange Olympique Club (TFOC), e prestes a completar 30 anos (que vão ser comemorados na França no dia 4/4/18) volta ao TFOC para a  temporada 2017/2018. 

 “Estou indo para mais uma temporada na França, onde pretendo ficar mais uns quatro, cinco anos... Mas o tempo de permanência não é o principal, o importante agora é me focar no vôlei. É uma equipe muito jovem, eu sou uma das mais velhas da equipe e sou tida como líder. Infelizmente, assim que cheguei, estava fazendo a preparação para o campeonato e sofri uma lesão no menisco, fiz cirurgia e só entrei já no campeonato sem preparação nenhuma”, explica, citando que esteve entre as melhores. 

“- O TFOC não se classificou, mas eu me despontei na temporada, pois terminei entre as melhores pontuadoras, a segunda maior pontuadora do campeonato francês, tive um alto índice de boas recepções e isso me fez continuar na equipe e me fez presente no mercado de atletas do vôlei. Com a renovação, terei condições de jogar muito mais. Eles renovaram com apenas quatro atletas, eu e mais três, duas da França e uma da Estônia, então o time vai estar com muita gente nova. Agora são novos horizontes...”, aguarda.

Durante a temporada no TFOC, que fica a 300 km de Paris no norte da França, visitou Paris duas vezes e várias cidades da Alemanha e Bélgica que ficam do lado. “Paris é fantástica. Na Suíça, também pude aproveitar bastante, o difícil lá é que falam cinco línguas: alemão, francês e italiano, romanche, mas predomina o alemão, sobretudo em Berna”. 

Elis retorna à França agora no mês de agosto.

 

Glauciele foi contratada pelo Logroño da Espanha 

Glauciele Martins 25 terá a sua primeira  experiência internacional no Mini de Arluy, da cidade de Logroño, na Espanha, na temporada 2017/2018, depois de duas temporadas no  Pinheiros/SP (2012/13; 2013/14); mais duas no Uniara/AFAV, de Araraquara (2014/15. 2015/16) e no São Caetano (2016/17), mas agora voa mais alto. 

Ponteira, aos 25 anos, com 1,88m e 72 kg, depois de passar pela seleção brasileira infantil e juvenil e a experiência em 14 competições, inclusive a Superliga, Glau está no auge da carreira,  tem muito a oferecer e está pronta para os novos desafios, depois de se recuperar  de uma lesão que a deixou fora de campeonatos em 2015.

“- Em 2015 tive uma lesão, me reabilitei em 2016 e fui para o São Caetano, onde tive a oportunidade de me renovar na Superliga e este ano recebi proposta para ir para o Mini de Arluy, de Logroño e aproveitei a oportunidade. Viajarei no final de agosto, e são cinco campeonatos nos próximos oito meses e depois vem o campeonato europeu. Como o Mini de Arluy vem se destacando têm chance de chegar ao europeu”, explica, destacando que está completamente recuperada da lesão. 

Sobre a preparação para chegar à Espanha em boa forma, Glau destaca que como a Liga no Brasil terminou antes, ela ficou um mês e meio parada, investindo em academia. “Na Europa, a equipe está de férias também e vamos voltar todas na mesma época, mas como fiquei mais tempo parada, mantenho a academia e treinos com bola aqui, pra não sentir muito a diferença quando chegar lá”. 

Já antevendo a despedida por quase um ano, Glau deixa  seu recadinho. 

“Aqui estão minhas raízes, familiar e esportiva. Comecei no vôlei aqui e levo praticamente tudo da cidade. Saí muito nova de Sacramento, com apenas 12 anos, mas com uma pessoa que foi e continua sendo muito importante para mim, tanto dentro como fora das quadras, que é a Bethania que se dedicou muito na minha evolução de vôlei, como atleta e como pessoa, me ajudou da melhor forma que pôde. Levo o carinho da minha família, das pessoas e isso vai fazer bastante diferença, porque vou estar longe, mas por tudo que passei aqui, vou ver que valeu a pena. Levo tudo daqui e isso será sempre um alento para mim”.

Para a Nirce das Graças Bento, que acompanhou a entrevista da filha  Elis, a saudade é grande. “O coração está sempre balançando, mas é uma oportunidade que ela tem e não pode desperdiçar. Apesar da distância e da saudade a gente fica feliz” e a irmã Elis Regina Bento completa “a gente fica com o coração apertada cada vez que ela vai embora, mas superamos, porque sabemos que é um novo mundo que ela está descobrindo, por isso estamos sempre na torcida, incentivando, mas esperando ansiosos a sua vinda, porque ela chega com o coração aberto, feliz, satisfeita”.  

 

Bethânia e a grande emoção pelo sucesso das atletas

Para a técnica Maria Bethânia Melo é uma alegria ver o sucesso das meninas. “Fico muito orgulhosa das meninas, porque elas conquistaram isso. Quero que sejam muito felizes onde quer que estejam, que façam muitas novas amizades e, sobretudo, que mostrem o vôlei que aprenderam aqui e aprendam bastante lá também. Tudo é construção, aprendizado. Desde novinhas, quando  elas começaram, foi tijolinho por tijolinho,  uma construção não só do esporte,  mas dos valores morais que estão inseridos no esporte, como a disciplina, trabalho em equipe, cooperação, solidariedade, ser resiliente, isto é,  saber que não podem fazer sempre o que querem e do jeito que querem, aprender a passar por momentos difíceis e saber superá-los. É realmente uma construção e hoje elas estão conquistando o mundo”, afirma emocionada a Profa. Bethania, fazendo um pedido: “Que vocês possam contribuir para ajudar mais pessoas, ensinando o voleibol daqui e onde estiverem”. 

 

  Falando do perfil das meninas, a professora destaca: 

‘‘A primeira vez que vi Amanda, jogar, dando um toque na bola, pensei, 'nossa, é um talento' e aí o coração da gente bate pra fora. Ela saiu do serviço e foi se dedicar ao vôlei e está aí pronta para novos horizontes. 

A Glau que já passou pela seleção brasileira infanto, juvenil, sub-23 é uma menina viajada, que já jogou em vários países e, que tem um futuro brilhante. 

A Elis é guerreira, se ela tivesse mais 10 centímetros... Mas ela se supera e é esse monstro em quadra. Tem 1,70 m, mas salta dois metros e se supera também na auto-estima, auto confiança. E tem uma característica que poucos têm, onde ela vai leva alegria...”.