Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Professor deve ser agente transformador

Edição nº 1368 - 28 Junho 2013

O professor de Filosofia da Escola Coronel, Fabiano Batista Leite (foto), autor do projeto com a diretora Mônica Almeida, da I Audiência Pública sobre Violência na Escola, tem dinamizado a escola com seus projetos, que têm como objetivo propiciar ambientes de reflexão e cura. 

“- Acreditamos que o ser humano é viável, com vistas nisso,  é preciso criar ambientes de reflexão e cura. E todas as escolas necessitam de políticas salubres, não aquelas que vêm do alto do pedestal,  mas ações pequenas que vão sendo acumuladas ao longo dos meses e que podem suscitar uma esperança para o nosso ofício, que é vocação, como também mostrar para a sociedade que, é possível ainda sonhar, com crianças e jovens livres, restaurados, e famílias reestruturadas. Pode ser utopia, mas viver de utopia é importante para nós seres humanos”, diz. 

Falando da vocação de ser professor, Fabiano afirma que todo professor é vocacionado. “Devemos acreditar que todo professor, todo educador o é por vocação  e, em sendo vocacionado, o educador muitas vezes tem sua parcela de culpa, porque as universidades, as faculdades, hoje, estão cheias de pessoas ávidas pelo sucesso, pelo dinheiro e  por querer ganhar um espaço, mas não se preparam  numa postura ética, de responsabilidade, porque não se ensina só com palavras. Ensina-se com visão, com postura, por isso não se pode divorciar o conteúdo que é aplicado  no quadro negro da vida do docente”, afirma. 

De acordo, com o Prof. Fabiano, “não há como ensinar, passar uma mensagem de cultura, se fora da escola, a postura é outra, é com separar o sagrado do profano. Como vamos falar de modelos,  se nós, na hipocrisia social não somos modelo. Como cobrar uma postura do aluno, se a minha forma de falar é do mesmo nível dele, se meus atos são do mesmo nível dos dele. Como cobrar postura,  se não dou exemplo? Professor é agente transformador, por isso tem que ser professor em qualquer circunstância”. 

Fabiano estende essa postura de se dar o exemplo, a todos os segmentos da sociedade. “Falamos de professor, que é o nosso meio, mas assim deve ser em todos os  segmentos, líderes religiosos, líderes e profissionais de entidades que trabalham  com pessoas sobretudo crianças, porque o trabalho de educar, o trabalhar com educação é vocação e toda vocação requer uma postura, porque não se ensina só com o discurso, e educação é responsabilidade de todos: pai, mãe, família e a sociedade como um todo”.  

De acordo com Fabiano, reforçando as palavras da diretora Mônica, algumas metas e ações deverão ser estabelecidas para nortear a implantação da cultura de paz nas escolas.