Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Mês Cultural Scala: Quintal da Gugué agita praça com crianças

Edição nº 1589 - 22 de Setembro de 2017

Unindo graça, estilo, alegria e interatividade, o teatro 'A Bonequinha Preta', de Alayde Lisboa, apresentado pelo grupo O Quintal da Guegé levou as crianças de 14 escolas ao delírio, em vários espetáculos realizados na praça do Rosário, na zona rural, na APAE e no Asilo esta semana.O valor pedagógico e educativo do teatro foi o ponto mais importante do espetáculo. Guegué (Gladys Gualberto), que contracena com Lobo (Paulo David),  realiza seus sonhos e os das  crianças com brincadeiras, mas, também, explorando os valores. “Fazemos adaptações  e nelas procuramos trabalhar a solidariedade, amizade, respeito ao próximo. Isso é marca registrada do Quintal”, afirma.

Assim também avaliam os professores entrevistados pelo ET. A professora Leia Borges, acompanhando as crianças da Creche Nildes Moreira Camilo, ficou encantada. “Vejo tudo como uma grande oportunidade de arte e cultura, que vai expandir seus conhecimentos e aprender a valorizar a arte. E desde já agradecemos ao Laticínios Scala e a Tri Ciclo por este Mês Cultural, que propicia esse grande voo às crianças”, avalia, enaltecendo o tema deste ano, que aborda a acessibilidade.  

A diretora Francine Amui, da Escola Eurípedes Barsanulfo, cuja escola prima pela valorização do teatro, também enalteceu o projeto do Laticínio Scala. “Eu acredito que seja este o caminho para educarmos os alunos, através da alegria e do lúdico. As crianças sentem prazer e alegria em aprender e conhecer algo novo através da arte teatral”, avalia, completada pelo Prof. Thales Bianchini, da EE Barão da Rifaina: 

“- O espaço público apoiando a educação, isso é muito bom. E estamos vendo que não se precisa de muitas coisas. Temos aqui um músico e uma cantora fazendo a alegria de nossos alunos e educadores, enfim, da sociedade, que está sempre carente desse tipo de movimento”.

 

Mudanças

‘‘Ações como a da professora Rejane, de trabalhar com seus alunos o aprendizado após uma apresentação teatral, representam a disponibilidade, criatividade e atenção que o corpo de educação tem em fazer diferente’’, reconheceu Hebe Noventa, uma das funcionárias voluntárias do projeto.

Para Hebe, esse resultado dá à empresa a certeza de que deve continuar investindo e proporcionando ações que ajudem a garantir um cenário melhor para o município, contribuindo com a educação e cultura.

Citando, Einstein, disse mais: “Tolice é fazer as mesmas coisas e esperar resultados diferentes”, e agradeceu, finalizando: ‘‘Obrigada por compartilhar conosco sua atividade e auxiliar as crianças de nossa comunidade a se manterem engajadas na escola e no caminho do bem’’.

 

Oficina 

Gladys Gualberto (Guegué) e Paulo David (Lobo) do grupo, 'O Quintal da Guegué', realizaram para 50 educadores, na EM Luiz Magnabosco, a oficina, “Histórias para contar, cantar e brincar”. Foram quase três horas de brincadeiras e históricas cantadas sob os acordes do Seu Lobo, pela professora Guegué, cuja didática e dinâmica enriqueceu o currículo dos professores e professoras presentes.


 Dançarte, show com Brasileiríssimas

A noite da última sexta-feira 15 com a apresentação do grupo Dançarte, de Uberaba, no Mês Cultural Scala, na praça do Rosário, foi um show de arte e emoção, aplaudido pelo grande público que lotou a praça. Com o título, 'Brasileiríssimas', cerca de 50 bailarinos/as se revezaram no palco numa mostra do que houve de melhor na música brasileira, entre os anos de 1920 à época atual. 
Sob a direção artística de Raquel Laranjo, o espetáculo deu ênfase à riqueza da música brasileira, com coreografias impecáveis, não faltando interpretações teatrais através de expressão corporal. Entre os títulos, o púbico vibrou com Bachianas Brasileiras, Aquarela, Águas de Março dentre outros clássicos. Momento antológico do espetáculo, entretanto, não teve bailarinos no palco. Com o tablado vazio, uma mãe chorava a ausência de um ente querido desaparecido no período da ditatura militar de 64, sob os acordes de 'Caminhando', de Geraldo Vandré. 
 De acordo com Raquel, a escola de dança Dançarte é nova, tem apenas quatro anos. Além de cursos como balé moderno e clássico, jazz, zumba, teatro, dança do ventre e contemporânea, sapateado, flamengo, balé, pilates/treinamento funcional, dentre outros, tem também a Cia Experimental, que traz no seu currículo várias premiações no Festival de Joinville.
 A Escola Dançarte conta atualmente com 100 alunos, dentre eles a sacramentana, Letícia Faria, estudante de Educação física em Uberaba, que faz aulas de balé e trabalha na academia Dançarte. Letícia é filha do poeta José Belisário Pereira e Evanilda.
Público aplaude companhia 
Mônica Aparecida Batista, encantada com o espetáculo, entrevistada pelo ET, faz uma avaliação muito positiva. “A dança é uma das artes mais completa e foi maravilhoso o que vimos esta noite, arte pura, cultura, um passeio pela música brasileira erudita. Estão de parabéns o grupo Dançarte e o Laticínio Scala, que foi muito feliz em promover esses momentos para Sacramento. E claro, precisamos de mais.
 Na plateia, os jovens intercambistas, Jaison, de Taiwan e Mannsi Srivastav, da Índia, acompanhados pelo intérprete Rafael Crema, manifestaram sua opinião: “Amei tudo, foi maravilhoso. Foi fantástico!!”, festejou, toda alegre, Mannsi. Jaison, mais detalhista, disse que ficou “chocado” com o que viu. “Pensei que seriam duas ou três apresentações, mas foi um grande show que continuou com muita alegria, até as crianças dançaram. Como devem ter se preparado para isso!!. Fiquei encantado, porque tudo foi impecável, muito bonito. Muitas das danças e figurinos que vi foram inéditos para mim. Coisas que eu nunca vi nem sonhei ver na vida. Fiquei muito feliz por assistir a um espetáculo como este”, avaliou.