Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Fonte e banheiros na praça preocupam engenheiro do SAAE

Edição nº 1550 - 23 de Dezembro de 2016

O engenheiro do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Osny Zago, ex-diretor da autarquia e um dos nomes fortes para a direção a partir de 2017, esteve na manhã de domingo 18 visitando o Jardim da Praça Getúlio Vargas e se surpreendeu com a quantidade de erros na obra. 

A questão apontada por Osny não se refere às obras em si, mas à forma como foram construídas. “Desde o início da obra recebemos vários questionamentos e indagações de pessoas sobre a obra. Hoje, já percebemos até a questão do vandalismo. Como a boia,  que controla o nível da água do tanque que serve de fonte, ficou exposta, nesta noite mesmo, após a inauguração, vândalos a quebraram. A noite inteira foi gente ligando, denunciando o desperdício de água e agora vim averiguar”

Autor de um relatório sobre a obra, Osny argumentou que foi uma obra mal pensada conforme coloquei no relatório, foi uma obra mal pensada, mal planejada, mal estruturada e, ainda, mal acabada. Primeiro, esqueceram de nivelar a fonte, que derrama de um lado e do outro faltam quase 40 cm de água, sendo que nivelamento é o primeiro princípio que todo pedreiro aprende. Outra coisa, são os vazamentos nas paredes da fonte, que indicam que não  foi impermeabilizada. Nas frestas das pedras está vazando água  (mostrando ao repórter).   Sem falar no acabamento. Pegaram as pedrinhas daqui, bem menores do que as que estão usando para fazer os reparos, deram um fim nelas e parece que cataram pedrinhas em qualquer lugar, porque tem pedra aqui de todo tamanho, ou seja, é um negócio que não tem explicação”, afirma. 

Descarga dos banheiros A respeito dos banheiros,  Osny explica que não há reservatório. O engenheiro está também preocupado com a manutenção dos dois banheiros construídos sob o coreto “É preocupante, porque colocaram válvula Hidra e ligaram a descarga direto na tubulação do SAAE, um cano de 50 milímetros  da rede do SAAE. O que preocupa é que se quebrar uma válvula, parte da cidade pode  ficar sem água. Imagine um cano de 50 milímetros vazando, o desperdício vai ser grande e pode afetar muita gente”, adverte. 

De acordo com Osny, o correto para a descarga dos banheiros seria a instalação de uma caixa d'água no coreto, mas não tem como por falta de espaço, então optaram pela captação direta no sistema do SAAE, que trabalha com canos de 50 mm e com uma pressão muito alta, além da abrasividade do cloro, que pode desgastar as borrachas das válvulas... não vão durar seis meses”, previu, advertindo ainda sobre uma eventual falta de água na rede. “Vai ser um caos”!

Por fim, destacando o péssimo reparo que está sendo feito no passeio, construído, originalmente, com pedrinhas portuguesas. “A reparação que está sendo feita não obedece o mesmo padrão das pedrinhas, vem tudo sendo feito a toque de caixa, de qualquer maneira”, critica. 

Finalmente, Osny lamenta que a fonte construída em frente à Basílica atrapalho a acessibilidade dos cadeirantes. “Aprovou-se a Lei da Acessibilidade, um passeio largo aqui pra todo mundo passear, no entanto, a fonte foi construída sobre o passeio, dificultando a passagem de cadeirantes. O prefeito disse que ainda vai acabar a obra, mas fico na dúvida se há tempo hábil para isso”.