Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Cejusc busca mediação e conciliação sob o patrocínio do poder Judiciário

Edição nº 1534 - 9 de Setembro de 2016

O desembargador Saulo Penna, em entrevista ao ET, afirmou que o Poder Judiciário está disseminando a cultura das formas alternativas de solução de conflitos. “Até então o que nós tínhamos, eram as questões sendo resolvidas da forma tradicional, perante o juiz ou ainda por decisão do próprio juiz. Com o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania - Cejusc, ocorre de forma diferente, consiste na mediação e conciliação sob o patrocínio do poder Judiciário e a arbitragem absolutamente extrajudicial”, explicou.
Definindo os conflitos, o desembargador frisou que “todo e qualquer problema pode ser resolvido no âmbito da  mediação e conciliação: familiar, que é um dos principais, contratos de prestação de serviços ou empreitada; briga de vizinhos; dívidas, enfim todas as situação que envolvam uma relação civil. Com isso, o poder Judiciário está patrocinando e institucionalizando  formas alternativas, simples,  rápidas, com pessoal capaz e preparado para fazer mediação. Quando o conflito chega ao juiz já está tudo pronto, faltando só homologar”.
Esclareceu ainda o desembargador que os serviços do Cejusc não exige a apresenta de um advogado. “Não há a necessidade de advogado, basta que as partes compareçam, porém, sempre há o incentivo para que o advogado participe, principalmente, se ele tiver a formação de um mediador”, esclareceu, destacando que o Cejusc encontra uma restrição muito grande por parte de muitos advogados.
 “- Esses advogados acham que haverá uma diminuição no serviço deles, mas não é nada disso, o que há é um novo campo de trabalho e um campo muito fértil, porque hoje, pode-se fazer mediação e conciliação em quase tudo de forma simples e rápida”, explicou, creditando a juíza Ivana Fidélis Silveira, diretora do Foro, é a coordenadora do Cejusc e, conforme o desembargador Saulo, ela já vinha fazendo o trabalho na cidade. “Na verdade, hoje estamos apenas formalizando uma coisa que ela já vinha fazendo”, afirma.
 Falando ao ET, a juíza confirmou que se empenhou para a instalação do Cejusc na cidade.  “Ao requerer agilidade na instalação, fui motivada pela atuação do Cejusc na comarca de Tupaciguara, onde trabalhei. Com a instalação do Cejusc naquela comarca, percebemos uma queda no número de distribuições e o aumento do número de conciliações”, justificou, destacando sua importância.
“- O Cejusc é importantíssimo para qualquer comarca e o será em Sacramento, porque percebemos aqui uma grande demanda de conflitos que se tornam ações judiciais, que se arrastam por meses e que podem, facilmente, ser resolvidas apenas com um bom diálogo entre as partes. É um ganho muito grande para Sacramento, como foi em Tupaciguara. Com o   Cejusc conseguimos  desafogar o poder Judiciário e melhorar a prestação à população que precisa da Justiça, com agilidade, simplicidade”.
O presidente da OAB, Caires Lincoln Mateus Borges, viu também o Cejusc com bons olhos. “O Cejusc além de desafogar o Judiciário ainda promove a justiça social, que é a melhor forma de justiça, pois vem da conciliação das partes. A OAB tem promovido vários cursos pela Escola Superior de Advocacia, para treinamento na mediação, na arbitragem, porque essa vai ser sim uma nova opção do advogado trabalhar, pois quanto mais rápida a justiça vier ao cidadão, melhor será também para o advogado que está ali defendendo os seus direitos”, afirmou.
Além do presidente da solenidade e da Juiz Ivana, também o  desembargador Antônio Carlos Cruvinel, filho da terra,  deixou a sua mensagem enaltecendo  o trabalho desenvolvido pelos Cejusc e sua importância para a cidade.