O mês cultural promovido na cidade pelo Laticínio Scala com a Tri Ciclo Produções, através da Lei Rouanet, brindou os sacramentanos com muito riso e descontração na noite da última sexta-feira 18 com a peça, Juízo Final, texto de Chico Lima, que é também diretor e ator.
No palco, Chico é o Anjo da peça, que conta também com os atores, Roberto Garcia Marques (Anibal), Elaine Santos, Bruner de Morais Miranda, Fernanda Lau, Marcelo Arantes, Renato Nony, que interpretam a história de Anibal, um político que, após uma vida terrena corrupta e devassa, é condenado ao inferno no julgamento final. No entanto, como ardiloso advogado, descobre uma brecha na lei que invalida esse veredicto e ainda lhe permite o direito à volta e à continuidade de sua vida na terra.
Com essa oportunidade única de reverter o futuro que lhe seria extremamente amargo, o homem se transforma. Regenerado, Aníbal enfrenta a resistência de seu antagonista, o médico Lino Pascoal, amante de sua infiel esposa. Com perseverança, sabedoria e determinação, o bacharel modifica literalmente sua escala de valores e, por conseguinte, o destino: Aníbal fica vivíssimo.
Chico Lima, que é de Belo Horizonte, hoje radicado em Uberlândia, falou ao ET. “Fazer teatro é uma forma de valorizar os talentos do Triângulo Mineiro, temos que nos unir para valorizar essa cultura tão rica da região, que é carente de eventos culturais. E essa carência não ocorre só em Sacramento, mas na região de uma forma geral. Existem, sabemos, muitos bons projetos que poderiam enriquecer a cultura local, mas que não saem do papel, muitas vezes por questões políticas, quando na verdade arte não é isso”, observou, exaltando o projeto do Laticínio Scala.
Para Lima, a arte deve ser entendida como um patrimônio cultural do povo. “A arte, a cultura são do povo e não desse ou daquele governo. Além disso, falta muito apoio para melhorar a atividade”, afirmou, ressaltando a satisfação de poder levar o seu trabalho às pequenas cidades. “É uma alegria incomensurável poder trazer a peça a um público que está tão carente, e ver a casa cheia. Isso para nós é muito importante, sobretudo nas cidades menores, onde vemos na plateia uma reciprocidade muito grande”.
Falando sobre a peça, destaca o autor que é um trabalho fruto de cinco anos de pesquisas. “Foram cinco anos maturando o assunto, para poder passar uma mensagem, conciliando humor e conteúdo, isto é, fazer o público rir e levar para casa uma mensagem”.
A peça Juízo final já foi levada a Patos de Minas, Araxá, Rio Claro (SP), São Carlos (SP), dentre outras.