Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Orquestra Homero Barreto abre Mês Cultural

Edição nº 1435 - 10 Outubro 2014

Projeto vai fazer 22 apresentações

O Laticínio Scala brindou a cidade na última sexta-feira, 3, com um espetáculo cultural inédito, abrindo o projeto Mês Cultural, que se estende até o final do mês, com outras grandes atrações.  A Praça  Getúlio Vargas encheu-se de sons de violinos e aplausos do grande público, amantes da boa música para a apresentação da Orquestra Homero Barreto, sob a regência do maestro Jeziel Paiva. 

A realização artística do Mês Cultural é de Cynthia Verçosa Aarteliê, sob o patrocínio do Laticínio Scala, através de Lei de Incentivo à Cultura. Conforme justificou o apresentador Munir Salomão Jacob, o projeto é uma iniciativa da área de Recursos Humanos da empresa.

“- Nosso intuito é envolver e aproximar a empresa da comunidade sacramentana objetivando contribuir com o desenvolvimento humano, não só pela responsabilidade social, mas, principalmente pelo sentimento de construção de uma cidade, um estado e um país melhor”, disse, destacando ainda que “o Mês Cultural é também uma forma singela de oferecer a todos, a oportunidade de apreciar espetáculos que proporcionem cultura, integração e lazer”.

 

Jacob agradeceu à matriarca da família Scalon, dona Cléria, que juntamente com Nino Cerchi (de saudosa memória), sempre foram  presença nos eventos da empresa, tornando realidade o projeto ora patrocinado, que marca os 50 anos do Laticínio Scala.  Cléria Scalon recebeu homenagens especiais das produtoras do espetáculo, Cynthia Verçosa e Lívia Ferolla, da Analista de RH - Hebe Noventa, e do gerente Mauro Luiz Gomide.

 

Grande público aplaudiu a apresentação

O público marcou presença e aplaudiu entusiasticamente os 16 instrumentistas de corda da Orquestra Homero Barreto e o maestro Jeziel Paiva, que deu uma 'aula' de instrumentos (violoncelos, contrabaixo rabecão, violas, primeiros e segundos violinos), suas vozes, harmonia e melodia. E, a seguir, abriu a noite com o 1º Movimento da Serenata Noturna de Mozart.

A apresentação prosseguiu com belas páginas musicais, emocionando o público presente, que lotou o ambiente ao ar livre. Do repertório, constaram páginas de Mozart; Heitor Villa Lobos, com uma suíte brasileira infantil (cantigas); Vivald; uma seleção de jazz; Moon River, tema do filme Bonequinha de Luxo; uma seleção de músicas italianas de Pietro Mascagni, Dino Crocco, Luigi Denza e Albert Pieczonka, em homenagem à Empresa  Scala. E finalizou com “Tema de Amor de Gabriela”,  de Tom Jobim, e “Caboclinhos”, de Hernani Aguiar. 

O concerto da Orquestra Homero Barreto foi dedicado a Corina Novelino, que o maestro Jeziel de Paiva, carinhosamente, chama de mãe Corina. Em entrevista ao ET, o maestro falou de seu  sentimento e satisfação de vir a Sacramento, terra onde descobriu a música  com Corina Novelino e dela ganhou o primeiro violino, conforme relatou ao público. 

“- Minha honra de estar aqui é até maior que a da orquestra, porque tenho um envolvimento afetivo muito grande com a cidade. Nasci em Uberaba, mas passei grandes momentos da minha infância e pré-adolescência em Sacramento e manifesto a minha emoção de poder estar aqui realizando este trabalho. E dedicamos, de todo coração,  este concerto a uma pessoa, que não está mais entre nós: a 'mãe Corina',  que foi a pessoa que me apresentou a música  e é a responsável por eu ter seguido essa carreira. Inclusive, foi de Corina que ganhei meu primeiro violino...”.

 Lembra Jeziel que naquela época havia no Lar de Eurípedes, onde Corina morava com suas filhas, um piano, utilizado pela professora e maestrina, Alba das Graças Pereira, colaboradora de mãe Corina. “Eu vinha pra cá fazer aula de música. Eu me despertei para a música em Sacramento, ouvindo discos da mãe Corina e me encantei pelo violino. Aí  mãe Corina me estimulou, me ensinou os primeiros acordes e me presenteando com meu primeiro violino, junto com o livro, Remotos Cânticos de Belém”, destaca, exaltando a energia positiva que Corina emanava e sua cultura. “Era grande conhecedora da educação das artes, dos letras e era minha madrinha”, recorda. 

No final do concerto, o maestro Paiva fez excelente avaliação. “Um pouquinho antes de começar, olhávamos e não víamos quase ninguém. Um músico disse: 'É a primeira vez, é assim mesmo', mas eu tinha certeza de que  daria certo e estava certo, um excelente público, por isso parabenizo o Tri Ciclo e a empresa Scala pela sensibilidade. Há realmente a necessidade de realçar esse tipo de música, enfim a cultura de modo geral, porque é ela que forma o cidadão. Um homem que não tem cultura não tem identidade. Os promotores dessa iniciativa e o público que se fez presente estão de parabéns...”

Nesta sexta-feira, 10,  às 20h, na Escola Eurípedes Barsanulfo: Espetáculo “Travessia: Do Romanceiro a Zé Coco do Riachão”.

No próximo sábado, 18,  19h e  às 20h30 (dois espetáculos), na Casa da Cultura: Espetáculo “Concessa Tecendo Prosa”.

 

Para todos os eventos do Mês Cultural os ingressos serão entregues das 07:30 as 17:30 no RH do Laticínio Scala.

 

Mês Cultural vai até 1º de novembro

A responsabilidade artística da produção do Mês Cultural em Sacramento é das profissionais da área, Lívia Ferolla, e Cynthia Verçosa, que conduzem a produção até o final do mês. Gerente da Regional do  Sesi  há 14 anos, setor de cultura, Lívia diz que o Tri Ciclo nasceu há quatro anos atendendo a uma demanda emergente que sentiram na região. “A necessidade de criar um movimento artístico que levasse para as ruas a música, o teatro, a dança, enfim a arte, como forma de sensibilizar as pessoas” - explica, falando da parceria com o Laticínio Scala.  

“- Graças ao patrocínio do Laticínios Scala, através da Lei Rouanet, pudemos criar o Mês Cultural com essas atividades de espetáculo todos os finais de semana nos segmentos de teatro, música instrumental erudita e dança, com diversas apresentações em praças públicas, teatros e, também em todas as escolas da cidade e quatro da zona rural”, explica Cynthia, que trabalha na área de Cultura do Sesi, em Araxá.

De acordo ainda com a produtora, a peça, 'Vamos brincar de brincar' é um  espetáculo onde  a criança é o artista. “É um texto lúdico, muito gostoso, que levaremos para as escolas. Vamos, na verdade, estar formando um público para a arte teatral e este é um dos objetivos do Tri Ciclo: a formação de um público plural, além de fazer um resgate da arte e dar oportunidade de as pessoas assistirem a um espetáculo de qualidade”, destaca, acrescentando ainda a descoberta de novos talentos e a formação de novos grupos.

 

 O Projeto Tri Ciclo contabiliza nestes quatro anos, 53 espetáculos e quatro oficinas de formação.  Em Sacramento, conforme o projeto idealizado pela área de Recursos Humanos do Laticínio Scala, serão 22 espetáculos, incluindo as apresentações em 14 escolas.