Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Produtores participam do Circuito Mineiro de Cafeicultura

Edição nº 1544 - 11 de Novembro de 2016

Cafeicultores do município participaram na tarde dessa quinta-feira 10, no Centro de Apoio ao Produtor Rural, de mais uma etapa do Circuito Mineiro de Cafeicultura, realizado pela  Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas (Seapa), Emater-MG, Universidade Federal de Lavras (Ufla) e Prefeitura, em parceria com instituições públicas e privadas.
Com o objetivo de levar aos cafeicultores informações sobre o manejo da cultura e novas tecnologias, o evento contou com três importantes palestras: “Tecnologia Safra Zero”, proferida pelo engenheiro agrônomo Coffe Business, Cristiano Teixeira Borges; “Alternativas de adubação do cafeeiro dentro da própria propriedade”, proferida pelo também engenheiro agrônomo, Rodrigo Ticle Ferreira, do Projeto Educampo Sebrae e, o engenheiro agrônomo, pró reitor da Uniube, André Luis Teixeira Fernandes,   abordou o tema, “Impactos dos fatores climáticos na produção do café”.

 

Município tem 70 cafeicultores produzindo 62 mil sacas por safra

De acordo com o extensionista da Emater, em Sacramento,  Alison Rodrigues de Jesus Souza, o município de Sacramento tem potencial para cafeicultura, com terras de boa qualidade, altitude e clima favoráveis.
“- Nos últimos anos, o município vem retomando o crescimento em área plantada com café e um evento como esse é de fundamental importância, pois é o único específico do setor que acontece na cidade. É através desse encontro que os agricultores familiares têm acesso a novidades da cadeia produtiva do café”, afirma o extensionista, destacando que no município de Sacramento existem cerca de 70 cafeicultores cultivando uma área total de 2.200 hectares, entre pequenos (até 10 ha plantados), médios (de 10 a 30 ha) e grandes produtores (acima de 30 ha), com uma produção por safra de 62 mil sacas de café.
Como a maior parte dessa produção vem dos médios e grandes produtores, Alisson ressalta a importância desse Circuito para o pequeno produtor, que ainda depende muito de informações e novas tecnologias que venham agregar em termos de produção e gestão para no final ter o retorno financeiro”.
Emater dá, gratuitamente,  todo o suporte e orientações necessárias para o plantio, que pode ser financiado pelo Banco do Brasil e o Pronaf.  

De acordo com o extensionista da Emater, em Sacramento,  Alison Rodrigues de Jesus Souza, o município de Sacramento tem potencial para cafeicultura, com terras de boa qualidade, altitude e clima favoráveis.
“- Nos últimos anos, o município vem retomando o crescimento em área plantada com café e um evento como esse é de fundamental importância, pois é o único específico do setor que acontece na cidade. É através desse encontro que os agricultores familiares têm acesso a novidades da cadeia produtiva do café”, afirma o extensionista, destacando que no município de Sacramento existem cerca de 70 cafeicultores cultivando uma área total de 2.200 hectares, entre pequenos (até 10 ha plantados), médios (de 10 a 30 ha) e grandes produtores (acima de 30 ha), com uma produção por safra de 62 mil sacas de café.
Como a maior parte dessa produção vem dos médios e grandes produtores, Alisson ressalta a importância desse Circuito para o pequeno produtor, que ainda depende muito de informações e novas tecnologias que venham agregar em termos de produção e gestão para no final ter o retorno financeiro”.
Emater dá, gratuitamente,  todo o suporte e orientações necessárias para o plantio, que pode ser financiado pelo Banco do Brasil e o Pronaf.  

 

“Se o clima não ajudar, pode perder tudo...”

O palestrante André Luis Teixeira Fernandes, falando de sua palestra, destaca a importância do clima para a produção do café, que precisa de chuva em todas as suas fases.
“- O clima representa em termos de variabilidade para mais ou para menos quase 70%. O produtor pode fazer tudo certo, plantar a melhor variedade, ter a melhor adubação, mas se o clima não ajudar, pode perder tudo. E, muitas coisas fogem do controle, como uma geada, por exemplo, só que o maior problema é causado pela falta d'água, que representa 53% do problema”, explica, ressaltando que a irrigação vem ganhando espaço por conta da falta d'água. “Hoje, há cerca de 300 mil hectares de café irrigado, no país, contra apenas 5 mil há 20 anos atrás”, lembra.
O engenheiro agrônomo Cristiano Teixeira foi o responsável pela palestra Tecnologia Safra Zero. “Safra zero consiste na poda ou esqueletamento  do cafeeiro, eliminando todos os ramos produtivos. Nos próximos 12 meses a lavoura vai produzir novos ramos e nos 12 meses seguintes, também, ou seja 24 meses a partir da poda virá uma alta produção”, explica. Com esse sistema, o produtor terá 50% da lavoura brotando e 50% produzindo e assim vai ano a ano, com isso, o produtor passa a ter estabilidade na produção”, explica.
Sobre a certificação de café, Cristiano informa, que atualmente o município de Sacramento não tem nenhuma propriedade certificada. “Sacramento já teve algumas propriedades certificadas, hoje não temos nenhuma. Acontece que para a certificação há regras de mercado  a serem seguidas e a propriedade têm que se adequar a essas regras. A certificação é anual, isto é, as fazendas são auditadas anualmente e têm que atender às exigências, caso contrário perdem a certificação.  Na região, trabalho com 40 propriedades e  25 delas são  certificadas”.


“Se a gente não evolui, não acompanhar as mudanças tem que sair fora...

 O ET conversou com dois cafeicultores da região de Sete Voltas,  Paulo Ferreira de Araújo, pequeno produtor  de café há 20 anos, e Ademir Vilas Boas de Rezende, cafeicultor há 30 anos,  ambos com uma lavoura de 14 mil pés.
 Ambos reconhecem a importância do encontro para se atualizar. “Encontros como esse são muito bons pra gente, trazem novidades, tecnologias e reconhecemos que a evolução foi grande nesses últimos 20 anos. Às vezes não dá pra inovar em tudo, mas muita coisa pode ser mudada”, diz Vilas Boas, com Ferreira completando: “Se a gente não evoluir, não acompanhar as mudanças tem que sair fora.”
Para Célio Onésimo  de Barcelos, cafeicultor  que vive da produção de 200 mil pés de café, em 40 hectares da região da Divisa, participar de eventos como esse é agregar conhecimentos. “Aqui, além das palestras que trazem novidades tecnológicas e de outras regiões, há a troca de experiências com outros produtores e isso é muito importante, porque vivo do café”, reconhece, lembrando que tinha oito anos quando começou a trabalhar com café. “Papai plantou a primeira lavoura eu tinha  oito anos e de lá pra cá a cada ano há evolução no manejo, nas  tecnologias e quem não correr atrás, fica para trás”.
 Célio Onésimo fala também da importância do município ter uma cooperativa ou associação de produtores de café própria. “O município já teve a ACASA, mas está adormecida. Acho que está chegando a hora de reativá-la. Com a união dos cafeicultores e apoio do poder público, poderemos reativá-la, porque é altamente viável e importante. Em Sacramento não temos um armazém  para guardar o café, temos que mandar para Araxá, Franca e acabamos ficando nas mãos de terceiros. Uma Associação é muito importante, é o meio mais barato de se agrupar os produtores para, pelo menos, ter um comércio justo”, sugere.