Vimos pela TV, internet e jornais uma quadrilha que a Polícia prendeu em Franca, com ramificações em Cristais Paulista, Rifaina, Igarapava e Sertãozinho, acusada de alterar produtos usados na agricultura em geral, principalmente aqueles de maior valor, como os agrotóxicos, Priori Xtra, Belt, Karatê, etc. A informação foi prestada a este jornal pelo agricultor, José Walter de Oliveira, que explicou ao ET o que vem acontecendo:
“- Como são cidades circunvizinhas a nossa, em vias de regras, há uma pessoa que tem contato com produtores e oferece o produto direto, sem nota fiscal, com as justificativas de que o recebeu em pagamento de dívidas ou tem um estabelecimento comercial que está fechando e liquidando, para recuperar parte dos prejuízos.
O produtor, no intuito do ganho fácil e de levar alguma vantagem financeira, opta por comprar um produto que, na verdade, é falsificado e lhe causa um prejuízo enorme ao ser aplicado na lavoura. Perante a lei, se torna um criminoso tanto quanto o falsificador, pois será condenado como "receptador", caso venha a ser identificado pela polícia, neste caso Federal.
Por outro lado, há também casos em que revendas independentes, sem expressão, compram dos falsificadores e os revendem dentro da sua linha, com preços normais, embasados na confiança que existem com os produtores, não gerando desconfianças.
Para se livrar de uma punição por parte da Polícia Federal, compram alguns produtos legítimo em distribuidores credenciados, para que, se forem interpelados apresentam uma nota de entrada do produto em seu estoque. O mal não sobrepõe ao bem e este tipo de meliante sobrevive por pouco tempo.
Portanto, cabe este alerta aos produtores da região: Fiquem atentos, aquele que desconfiar do produto tem como ligar na empresa fabricante e, pelo lote e outras identificações, a empresa pode confirmar se é falso ou não. Não se iludam achando que são conhecedores de produtos e que nunca caem nesta falcatrua, visto que há falsificações beirando a perfeição, imperceptíveis aos olhos de leigos.
Temos de ficar atentos, pois a safra passada já deixou um resíduo grande de prejuízos em função da estiagem prolongada, e entrar em outra pode ser fatal. E esta quadrilha presa está muito perto de nós e certamente alguns integrantes já andaram trabalharam ou podem estar por aqui. Alguns de seus integrantes, que ainda não foram identificados, continuam por aí, mantendo um bom relacionamento com alguns produtores, facilitando o golpe”, alerta José Walter, finalizando.