A Lei Papinha, que limita o plantio de cana no município em 20% da área (62 mil há), aprovada por unanimidade pela Câmara, na última semana, causou descrença em muita gente, que acreditava que a Câmara poderia legislar em favor da qualidade de vida do município. Mas a lei, segundo o produtor rural, João Oswaldo Manzan (foto), ex-presidente do Sindicato Rural de Sacramento, pode transformar o município em um imenso campo de cana. "Se plantarem tudo isso será mesmo a monocultura", comentou extremamente magoado.
O projeto original do vereador Aristocles Borges da Matta, o Papinha (PDT), aprovado dia 3 de julho, previa limitar a área em 15%, o que já era demais, pois os usineiros contavam com apenas 10%. Mas uma emenda, assinada pelos vereadores, Luizão Bizinotto (PMDB) e Luiz Sinhorelli (PDT), elevou o limite para 25%, o que seria o caos. Diante do impasse, prevaleceu a idéia do vereador José Maria Sobrinho (PFL), limitando a área em 20%, ou seja, o dobro do que os usineiros queriam.